O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou uma denúncia contra Nilton Imaculado Ribeiro, acusado de tentativa de feminicídio, roubo, extorsão, ameaça e divulgação não autorizada de fotos íntimas. Segundo a 1ª Promotoria de Justiça Criminal do Tribunal do Júri e de Delitos de Trânsito do Riacho Fundo, o acusado atacou a companheira dentro de um carro, em trajeto que ia da Rodoviária do Plano Piloto até o Riacho Fundo II.
O MPDFT solicitou, nesta segunda-feira (10/11), a manutenção da prisão preventiva de Nilton, com destaque para a gravidade dos atos e o risco real de que ele volte a cometer crimes. No documento enviado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o Ministério Público afirmou que liberar o acusado poderia colocar em risco a segurança da vítima e enfraquecer a confiança no sistema de Justiça.
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Caso
O crime foi cometido no último dia 26 de outubro, quando o agressor desferiu socos e chutes no rosto, cabeça e corpo da vítima e a obrigou, sob ameaça, a entregar o celular e fornecer suas senhas de acesso. Após a agressão, o acusado usou o aparelho para divulgar fotos íntimas da mulher nas redes sociais e ainda ameaçou de morte a vítima, sua filha e o genro caso denunciassem o crime à polícia.
Nilton cumpria pena em regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária, por condenação anterior relacionada a duas tentativas de feminicídio ocorridas em 2019, na Ceilândia, contra uma mulher e a filha. Inicialmente, ele havia sido condenado a 31 anos de prisão, pena que posteriormente foi reduzida para 12 anos pelo TJDFT.
Em nota, o MPDFT destacou que o caso evidencia a necessidade de uma reflexão urgente sobre os critérios de progressão de regime e concessão de benefícios na execução penal, diante da reincidência e do risco social apresentado pelo acusado.
