crime organizado

Não vale endurecer penas e propor anistia, diz diretor-geral da PF

Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, criticou autoridades públicas dos Três Poderes que demonstram incoerência entre discurso e prática. Pronunciamento ocorreu durante cerimônia de posse do novo superintendente Regional da Polícia Federal no DF

Andrei Rodrigues, criticou autoridades públicas dos Três Poderes que demonstram incoerência entre discurso e prática -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
Andrei Rodrigues, criticou autoridades públicas dos Três Poderes que demonstram incoerência entre discurso e prática - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

Em pronunciamento na cerimônia de posse do novo superintendente Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, criticou autoridades públicas dos Três Poderes que demonstram incoerência entre discurso e prática. "Não vale pregar endurecimento de pena, proibir benefícios constitucionalmente previstos e, na hora da prática, fazer outra coisa, como, por exemplo, propor anistia ou afrouxamento de penas para quem comete crime organizado", declarou, na manhã desta quarta-feira (17/12). 

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O diretor-geral ainda destacou que, hoje, o enfrentamento ao crime organizado é a maior preocupação e o maior desafio para os estados, a sociedade civil e o mundo corporativo. "Sem segurança não há desenvolvimento, não há investimento, não há sossego para as pessoas. Não tenho dúvidas de que a cooperação e a integração das forças de segurança pública com a iniciativa privada são a chave para o êxito no enfrentamento ao crime organizado", afirmou.

Andrei Rodrigues ainda acrescentou que atuar em prol da segurança pública exige ações concretas e efetivas. "(Segurança pública) não se faz com frases de efeito, mas com inteligência, planejamento e estratégia", completou. A escolha do novo superintendente da PF no DF, Alfredo Junqueira, foi pautada, conforme reforçou o diretor-geral, em "critérios estritamente técnicos, lealdade institucional e vasta experiência que o doutor Alfredo acumulou ao longo de sua trajetória na nossa instituição", finalizou.

Nova gestão

Em seu discurso, Junqueira destacou que sua missão no DF "transcende o ordinário", concentrando-se na segurança dos Poderes da República e na garantia da estabilidade do Estado de Direito na sede vital das instituições nacionais. O novo superintendente enfatizou a relevância da corporação como um "eixo estruturante da nossa República", posicionando o órgão na linha de frente contra a macrocriminalidade e a corrupção sistêmica.

Ao projetar sua gestão, Junqueira pontuou a necessidade de prontidão e lealdade absoluta à Constituição, declarando que sua atuação será pautada pela "defesa intransigente dos interesses da União". O evento marcou o retorno do delegado à unidade onde iniciou sua carreira há 22 anos.

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postado em 17/12/2025 14:24 / atualizado em 17/12/2025 14:29
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