VIOLÊNCIA SEXUAL

Líder religioso é preso por suspeita de abuso sexual contra adolescentes

O homem explorava vulnerabilidades emocionais, especialmente de jovens em situação de fragilidade familiar, a fim de cometer os crimes, que teriam ocorrido entre 2019 e 2024, no Guará

Caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará II) -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará II) - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Um homem de 30 anos, identificado como líder de uma igreja evangélica no Guará, foi preso temporariamente, acusado de estupro de vulnerável. As investigações apontam para um padrão de abusos contra adolescentes do sexo masculino, que teria se estendido por aproximadamente seis anos.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

A prisão ocorreu na última sexta-feira (19/12). As apurações, iniciadas em novembro deste ano, identificaram quatro vítimas, com idades entre 10 e 17 anos à época dos fatos, que teriam sofrido abusos entre 2019 e 2024. Pelo menos outras oito possíveis vítimas estão sendo ouvidas, o que pode ampliar o número de casos.

De acordo com as investigações, o suspeito utilizava sua posição de liderança religiosa e ministrava cursos sobre "sexualidade e integridade sexual" para obter acesso privilegiado e conquistar a confiança dos adolescentes. O método envolvia a exploração de vulnerabilidades emocionais, especialmente de jovens em situação de fragilidade familiar, evoluindo para encontros individuais e isolamento forçado.

As vítimas foram ouvidas por uma equipe especializada, seguindo protocolos para evitar a revitimização. O conjunto probatório, considerado robusto pela Justiça, inclui depoimentos e registros que indicariam tentativas anteriores de abafar as denúncias dentro do círculo institucional do acusado.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

A decisão judicial que determinou a prisão temporária por 30 dias também ordenou o afastamento imediato do suspeito de suas funções religiosas, a proibição de se aproximar das vítimas, a quebra de sigilos telefônico e telemático e a apreensão de dispositivos eletrônicos para perícia.

  • Google Discover Icon
postado em 23/12/2025 17:17 / atualizado em 23/12/2025 19:15
x