Prêmio JK

Reco do Bandolim vence Prêmio JK na categoria Cultura: ''Grande honra'

Reco do Bandolim, exaltou a importância de Brasília como polo cultural, reforçando que a capital é muito mais do que um centro de decisões políticas

Presidente do Clube do Choro de Brasília e fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, Henrique Lima Santos Filho, conhecido como Reco do Bandolim considera que receber o Prêmio JK, que carrega o nome do fundador da capital é para ele, e para o Clube do Choro de Brasília, uma grande honra. “É ainda uma responsabilidade imensa para todos nós. Brasília nasceu de um gesto de coragem, de sonho e de visão e tudo que fazemos por essa cidade é, no fundo, uma continuação desse gesto inaugural.”

Reco frisou que vê Brasília como muito além do que um centro das decisões políticas do país. “É um polo de cultura, de criatividade e de encontro. Essa é uma cidade que inspira e acolhe as pessoas. Queria também dizer que esse prêmio é uma iniciativa maravilhosa do Correio Braziliense", disse o vencedor da categoria Cultura.

Em 2024, o choro foi declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Patrimônio Cultural do Brasil. Agora, a ideia é tornar esse pedaço da cultura brasileira e brasiliense, patrimônio mundial.

Compromisso com o Choro e com Brasília

Comprometido com a preservação e difusão do choro em Brasília, Reco do Bandolim construiu, ao longo de cinco décadas, uma trajetória que une educação e compromisso com a memória cultural brasileira. 

Baiano de Salvador, mudou-se para Brasília ainda jovem e rapidamente se tornou um dos principais nomes do gênero no Distrito Federal. Foi ele quem reabriu, em 1993, o Clube do Choro de Brasília, hoje uma das instituições mais importantes dedicadas ao estilo no país, responsável por formar plateias, acolher músicos e manter viva uma tradição que atravessa gerações. 

Ao lado do filho, Henrique, Reco consolidou a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, espaço que já formou milhares de jovens e se tornou referência nacional no ensino do gênero. Instrumentista premiado, produtor e articulador incansável, ele lançou discos, realizou turnês internacionais e criou projetos que conectam mestres do choro a novas vozes.

Em 2024, ampliou ainda mais sua atuação ao lançar um programa voltado para jovens do DF, com oficinas, vivências e apresentações. Sua contribuição extrapola os palcos: Reco é responsável por uma política contínua de valorização do choro como patrimônio imaterial, atuando para que Brasília se consolide como um dos grandes pólos do gênero no país.

Com a serenidade de quem acredita no poder transformador da cultura, ele segue à frente de iniciativas que formam músicos, criam oportunidades e fortalecem a identidade sonora da capital. Seu trabalho, reconhecido dentro e fora do Brasil, marcou a cidade e inspirou gerações. Nesta caminhada dedicada ao choro, Reco do Bandolim se tornou não apenas um guardião do gênero, mas um construtor de futuro para a música brasileira.

Esta é a primeira edição do Prêmio JK, lançado pelo Correio Braziliense, que reconhece e homenageia personalidades que fizeram parte da história de Brasília. O prêmio leva o nome da maior referência para a cidade, o ex-presidente Juscelino Kubitschek. São 16 categorias: esporte, cultura, sustentabilidade, agro, empreendedorismo, educação, direito e justiça, indústria e tecnologia, inclusão e voluntariado, saúde, gestão pública, turismo e eventos, comércio e serviços, entidade de classe, inovação e economia criativa. Além disso, há a categoria das homenagens especiais: quatro personalidades que se destacaram em várias áreas foram selecionadas para figurarem na história dessa premiação. A seleção dos homenageados deste ano foi feita pela redação do Correio.

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