ECONOMIA

Compras de Natal na última hora animam comércio nos shoppings

Faltando poucos dias para o Natal e com o pagamento da segunda parcela da gratificação, movimento nos shoppings aumenta e anima comércio. Para atender a clientela, lojistas reforçaram equipes

Por Manuela Manuela Sá* — Uma das tradições de Natal é a compra e entrega de presentes. Com a aproximação da data e o pagamento do 13º salário, cuja segunda parcela ocorreu nesta sexta-feira (19/12), os shoppings do Distrito Federal registram aumento no fluxo de consumidores em busca de lembranças para familiares e amigos. Nesta época, os shoppings do Distrito Federal lotam com brasilienses à procura do que dar às pessoas queridas. O movimento anima comerciantes, que demonstram otimismo com o faturamento.

No Conjunto Nacional, a gerente da loja de sapatos infantis Bibi, Rozana Sampaio, 35 anos, estima que as vendas vão aumentar cerca de 10% em relação ao ano passado. “Desde quarta-feira, começaram a aparecer mais clientes, com uma procura maior por presentes. Já vendemos mais do que o esperado”, afirma. 

De acordo com Rozana, os principais consumidores na loja são avós à procura de tênis com rodinhas para os netos. A gerente avalia que atender todos que chegam é trabalhoso, mas também muito gratificante. “A gente gosta da correria. É gostoso”, comenta.   

Bruno Riether, 33, sócio da loja de roupas Ramp, no ParkShopping, espera bons resultados para os negócios nesta época de festas. Ele acredita que vai haver um aumento de, no mínimo, 15% em relação a 2024. “O Natal caiu em uma ótima data para o comércio porque as pessoas começam a fazer as compras no fim de semana anterior ao feriado. Então, são mais dias em que as lojas ficam aquecidas. A expectativa também é de explosão nos dias 23 e 24 por causa das pessoas que deixam para a última hora.”

Para conseguir atender todos os clientes, o estabelecimento contratou mais funcionários. Apesar do otimismo, há uma semana a situação era diferente, pois a Black Friday rendeu menos do que o esperado. Riether imaginava que o Natal também não seria bom para as vendas. “Este ano, começamos com uma expectativa muito baixa. Mas dezembro começou nos surpreendendo. Na primeira quinzena, tivemos uma movimentação muito forte. Não estávamos esperando tanto e fomos surpreendidos positivamente.”

A loja O Boticário no JK Shopping conta com reforço na equipe. Foram contratados cinco freelancers, de acordo com a gerente, Jaqueline Albuquerque, 38. “As vendas aumentam muito, além da saída de produtos para presentes, muitos vêm comprar outros produtos. A esperança é sempre grande nesta data.”

Manuela Sá -
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Minervino Júnior/CB/D.A.Press -
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Agrados para todos

A psicóloga Ane Kelly da Silva Pereira, 24, é uma das consumidoras que esperou até a semana anterior ao feriado, quando recebeu o 13° salário, para comprar presentes para família e amigos. Ela comemora que, devido ao aumento que recebe no salário, pode gastar mais com quem ama. Pensando na irmã, que está se preparando para fazer concurso, ela comprou um livro para ajudar. “O mais especial desta época é pensar nas pessoas ao seu redor. De alguma forma, o presente mostra que você presta atenção em quem está próximo de você”, diz.   

Apesar de ter uma família grande, a aposentada Janete Maria Mendes, 63, não economiza na hora de presentear e comprou agrados para todos. “Estou com um quarto cheio de presentes em minha casa”, conta.

Para Janete, a data é símbolo de tradição e alegria. Desde que a mãe dela faleceu, é Janete quem organiza a festa em sua casa, onde reúne toda a família. Este ano, tem um desejo a mais. “Quero celebrar a vida de meu esposo, que está acamado e mal de saúde. Natal é época para comemorar”, conclui.

A técnica de enfermagem Polyane Rosa, 43, é mais comedida. Ela, que também aproveitou o recebimento do 13° para ir às compras, fala que deu prioridade para presentes mais baratos: “Procuro o que está dentro do meu orçamento”. Ela também conta que comprou bolsas e sapatos para si e para sua filha.

Essa foi uma tendência observada por Juliana Beltrão, 38, empresária da loja de sapatos e bolsas Luiza Barcelos, no Park Shopping. Ela diz que muitos dos clientes compram presentes para si. “Hoje, é comum aparecer uma pessoa procurando por algo para usar no réveillon e no Natal. No máximo, compram algo para a mãe e para a sogra”, conta.

*Estagiária sob supervisão de Malcia Afonso

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