Cada vez mais
Formado no Distrito Federal, em 2016, o grupo de pagode Menos é Mais vem ganhando notoriedade nacional nos últimos cinco anos. Durante o período de isolamento social, a banda, com ajuda da internet e das típicas lives da época, se tornou destaque entre a nova geração da música brasileira. Mas foi justamente em 2025 que o quarteto formado por Duzão (vocal), Gustavo Goes (repique), Paulinho Félix (pandeiro) e Ramon Alvarenga (surdo) alcançou o auge — os próprios integrantes declaram: “2025 foi o melhor ano da nossa história”.
Para os artistas, o ano começou colhendo os frutos do ano anterior, com o sucesso da faixa Coração partido. “Apesar de ter sido lançada em 2024, ela se tornou a música mais ouvida do Brasil no primeiro semestre deste ano”, aponta Goes. O êxito, porém, não parou por aí: em abril, foi a vez da estreia de P do pecado, parceria com Simone Mendes que ficou por 16 semanas no topo da lista das músicas mais ouvidas do país no Spotify. Junto da cantora sertaneja, o Menos é Mais superou o recorde que antes era de Justin Bieber, com Sorry.
“Foi um ano que abriu muitas portas pra gente, com vários momentos de virada de chave e de crescimento”, continua o instrumentista. “Os nossos shows lotaram muito e a gente conseguiu viajar o mundo inteiro. Nos apresentamos na Europa e nos Estados Unidos, e ainda fizemos a maior apresentação das nossas vidas até hoje, no aniversário de Brasília, para 220 mil pessoas”, destaca Goes.
Moradores da capital até hoje — o vocalista Duzão, por exemplo, ainda mora no Gama, onde nasceu —, os músicos levantam a bandeira do pagode brasiliense desde o primeiro álbum da carreira, intitulado Plano Piloto. “Parece que tudo que a gente faz, quanto mais lugares a gente conhece, mais a gente se sente pertencente à nossa cidade. Em tudo que a gente faz, a gente faz questão de falar de onde viemos”, afirma o integrante da banda. “O Menos é Mais está tocando no mundo inteiro, mas a nossa casa de verdade, o lugar em que a gente se sente tranquilo, é Brasília”, finaliza.
O recorde do recordista
Se em 31 de dezembro de 2024 Caio Oliveira de Sena Bonfim pensava que havia vivido o melhor ano da carreira, com a conquista da inédita prata do Brasil na marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, é porque não imaginava o que 2025 lhe reservava. No intervalo de uma semana, durante o Campeonato Mundial de Tóquio, teve o esforço hercúleo na prova dos 35km recompensado com o segundo lugar sob calor escaldante e a entrada no Olimpo do país ao faturar o ouro que lhe faltava, na competição do mundo. Os dois pódios no Japão o coroaram o atleta brasileiro recordista de pódios no evento, com um ouro, uma prata e dois bronzes, atualizando a marca que pertencia ao velocista Claudinei Quirino, dono de quatro medalhas na competição.
Não bastassem as conquistas nas pistas, foi eleito pelo segundo ano consecutivo o Atleta do Ano no Prêmio Brasil Olímpico, o “Oscar” do esporte nacional, entregue pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 1999. Viu, ainda, a mãe e técnica, Gianetti Bonfim, ser reconhecida como principal treinadora da temporada na festa de gala no Rio de Janeiro. “Foi especial, um ano de muita gratidão e de muitas pessoas envolvidas. Queria agradecer especialmente ao meu pai, à minha mãe e à minha esposa. Meu pai, que me viu garotinho em casa com muita energia, e me inscreveu numa prova de marcha atlética aos 10 anos”, relembrou.
Acostumado a manter os pés no chão e viver passo a passo, Caio manterá a tradição de alegrias de ano em ano. Em 2026, será o anfitrião de um dos maiores eventos do calendário do atletismo, o Campeonato Mundial de Marcha Atlética por Equipe, em 12 de abril, na Esplanada dos Ministérios.
E o Oscar vai para...
Se o impacto de Que horas ela volta? projetou Camila Márdila para o cinema brasileiro, foi em 2025 que a atriz brasiliense consolidou um momento de plena maturidade artística. Após atravessar 2023 e 2024 em ritmo intenso, o embalo ganhou ainda mais força neste ano, marcado por presença constante no cinema, na televisão e, pela primeira vez, também atrás das câmeras.
Dez anos depois de se tornar um rosto reconhecido nacionalmente, Camila viveu experiências decisivas. Ela atuou em Ainda estou aqui, de Walter Salles, ao lado de Fernanda Torres, produção vencedora do Oscar e um dos grandes marcos recentes do audiovisual brasileiro. Ampliou seu alcance internacional ao integrar projetos de grande repercussão no streaming ao interpretar Viviane Senna na série Senna, da Netflix. E participou de Ângela Diniz, produção da HBO Max dirigida por Andrucha Waddington lançada neste ano, mergulhando em narrativas que tensionam memória, gênero e estruturas de poder.
O ano de 2025 também marcou um novo passo em sua trajetória: a estreia como diretora no curta-metragem Sandra, sinalizando um desejo de ampliar o campo de atuação artística e autoral. Em fevereiro, a produção vai passar no maior festival de curtas internacional do mundo, em Clermond Ferrand, na França.
Em 2025, Camila filmou a serie Véspera, que protagonizou ao lado de Gabriel Leone e Bruna Marquezine, prevista pra estrear em 2026, e também foi convidada por Fernanda Torres e Andrucha Waddington para atuar no filme Os corretores, que terminou de ser rodado em dezembro.
Como atriz, integrou ainda o elenco de A natureza das coisas invisíveis, da cineasta brasiliense Rafaela Camelo, selecionado para o Festival de Berlim. O projeto teve um significado especial: filmado integralmente em Brasília, reuniu Camila à cidade onde nasceu, cresceu e se formou.
Nascida em Taguatinga, Camila cursou comunicação na Universidade de Brasília (UnB) e, apesar de sua sólida carreira nacional, filmou pouco na terra natal — o que tornou o convite da ex-colega de universidade ainda mais simbólico. Em Ângela Diniz, por sua vez, a atriz experimentou o desafio de representar, de forma condensada, mulheres reais que orbitavam a socialite assassinada em 1976, refletindo sobre as expectativas conservadoras impostas às mulheres e a violência legitimada por estruturas jurídicas e sociais da época.
“Se me perguntassem há alguns anos qual meu sonho como atriz, eu certamente responderia algo muito próximo do que estou vivendo agora. Me sinto muito realizada com os projetos que filmei e lancei esse ano. Foram histórias relevantes, que se conectam com o que acredito e que emocionaram o público. Foram produções que tive muito prazer em realizar, algumas parcerias inauguradas, outras consolidadas. Eu só tenho a agradecer por esse momento”, festejou Camila.
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