Um estudo brasileiro confirmou a eficácia de uma nova pílula única, com três ativos, para o tratamento da hipertensão. Além de reduzir a pressão arterial, a medicação ainda simplifica a vida dos pacientes, já que diminuiu o número de remédios consumidos.
O comprimido tem uma fórmula inédita, que une candesartana, anlodipino e clortalidona, conforme apresentado por pesquisadores no Congresso do European Society of Cardiology (ESC), em Madrid, nesta sexta-feira (29/8).
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O estudo clínico, intitulado “Nova Combinação Tripla em um único comprimido para hipertensão não controlada”, foi financiado pela farmacêutica brasileira Libbs e conduzida pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Nos resultados, em apenas 14 semanas, a pressão arterial dos pacientes, que tomaram a pílula tripla, diminuiu de cerca de 15.9 mmHg para 13.0 mmHg, com uma redução de 20 mm da sistólica.
“Tomar uma pílula tripla leva a melhor adesão do medicamento, que vai levar a melhor vida para o paciente, devido a todas as consequências da hipertensão”, afirma Patrícia Guimarães, chefe de ensaios clínicos cardiovasculares na Organização de Pesquisa Acadêmica (ARO) do Einstein Hospital Israelita.
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A especialista explica que muitos pacientes com pressão alta acabam não tomando os remédios por variados motivos, como esquecimento, o que gera uma baixa adesão do medicamento. Além disso, a maioria das pessoas com hipertensão precisam de mais de uma pílula, aumentando as chances de não consumir os ativos e, consequentemente, não ter resultados no tratamento.
Assim, o objetivo da pesquisa foi comprovar a eficácia da pílula no processo de triagem, para, em seguida, enviar à farmacêutica Libbs, que pode pedir a aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a distribuição e comercialização no Brasil.
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O estudo
Para a pesquisa, 703 pacientes, que já estavam em tratamento, foram divididos em dois grupos: sendo que um que experimentou a nova fórmula a pílula tripla e outro consumiu uma medicação já disponível no mercado. Como resultado, os pesquisadores relataram que a equipe que tomou o novo comprimido teve uma redução maior da pressão sistólica (–22,6 mmHg).
*Jornalista viajou ao Congresso da ESC 2025 a convite da Novo Nordisk
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