
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta quinta-feira (24) de um culto na Igreja Catedral da Benção, localizada em Taguatinga (DF), onde se emocionou e chorou durante a pregação. Embora se identifique como católico, Bolsonaro se ajoelhou no templo evangélico, chorando e exclamando louvores.
A ida, entretanto, do ex-presidente ao templo comandado pelo pastor Jair de Oliveira ocorreu em meio às restrições judiciais impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro esteve acompanhado pelo senador Magno Malta (PL-ES).
Enquanto se dirigia ao culto, Moraes analisava embargos de declaração — mecanismo jurídico usado para pedir esclarecimentos sobre decisões judiciais — protocolados pela defesa do ex-presidente. A equipe jurídica buscava entender melhor os limites da decisão que prevê a possibilidade de prisão caso suas falas venham a ser reproduzidas por terceiros nas redes sociais.
Segundo Moraes, “em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos ou privados, respeitados os horários estabelecidos nas medidas restritivas.”
O magistrado argumentou que a eventual prisão preventiva se justificaria para impedir a continuidade de práticas ilegais nas redes: “Não seria lógico e razoável permitir a utilização do mesmo ‘modus operandi’ criminoso com diversas redes sociais de terceiros, em especial por milícias digitais e apoiadores políticos”, afirmou Moraes, completando que isso poderia ocorrer mesmo em entrevistas, com o intuito de “instigar chefe de Estado estrangeiro a interferir no processo judicial.”
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
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