
O Six Invitational 2025, torneio mundial do melhor time de Rainbow Six Siege, está chegando com os últimos jogos do campeonato encaminhados e três times brasileiros permanecem no páreo disputando a tão sonhada premiação. O país permanece no topo na modalidade, representado pelos times da FURIA, Razah Company e a FaZe Clan, no ano anterior do evento, em 2024, quando o campeonato aconteceu no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo, a disputa final foi entre dois times brasileiros.
O Correio entrevistou Leandro “Montoya” Estevam, diretor de eSports da Ubisoft Latam, para saber sobre como foi a organização do evento nos Estados Unidos em 2025, o impacto do Invitational em São Paulo, e é claro para saber qual time tem sua torcida.
Como foi para organizar o Six Invitational 2025, tendo agora como sede os Estados Unidos?
“O Six Invitation sempre foi uma festa de comemoração do Six para comunidade, mas historicamente muito para o estúdio também. Por isso ele sempre aconteceu em Montreal, desde 2018 e até 2023, vamos dizer assim, sempre foi idealizado e sempre feito em Montreal. Teve uma vez que aconteceu na França, mas foi devido à pandemia e não era vontade, né? A vontade sempre foi fazer lá perto do estúdio. Mas a gente decidiu levar o Invitational mais para perto da comunidade nos últimos anos.
O primeiro foi o Brasil no ano passado. E o segundo, país escolhido foi os Estados Unidos para crescer o Siege lá, é um país que tem uma competição muito forte de outros jogos, então era importante marcar a nossa presença. E a gente tentou fazer no modelo bem americano, né, com uma um prestígio de gala, sabe? Como lá vai ser no Music Hall uma coisa meio Broadway. E é um mercado muito importante para o Síege, por isso que a gente escolheu ir para lá. A ideia é que o Invitation agora seja circulante, vamos dizer assim, que ele sempre vá para novos mercados, novos países para se aproximar das comunidades desse desses países”.
Em 2024, o campeonato foi no Brasil e teve todo o calor e a recepção do melhor estilo do povo latino fãs de R6, você acha que nos EUA vai se repetir com o mesmo entusiasmo?
“Acho que a gente tem o privilégio aqui no Brasil de ter uma torcida mais apaixonada. O brasileiro, ele tem uma identificação com os jogadores, com o seu esporte mais forte e isso não se restringe nem aos esportes. Você citou muito bem, nos Estados Unidos, eu não acredito que vai ter aquele mesmo calor. Eu acho que os americanos, eles têm uma cultura de torcida um pouco. Você não controla muito o público no Ginásio de Ibirapuera, no estádio de futebol, o público, ele vibra naturalmente aqui no Brasil. É quase um momento de que você se revela, né? É quando o menino às vezes, — isso nem é positivo — mas quando o menino xinga e o pai não liga, é um momento de transgressão.
Nos Estados Unidos, você vê nos jogos de basquete ou mesmo nas competições, isso já é mais ordenado e o público ele já é mais colado no show, então, você tá no jogo de basquete, aí o locutor fala a hora que você aplaude, né? E daí aí o pessoal comemora com os bastõezinhos. Mas a gente tem uma comunidade muito grande lá e eu tenho certeza que eles vão estar torcendo, principalmente se tiver um time norte-americano na nas finais, né? Vamos torcer para chegar um, para a gente ter uma audiência grande, a gente sempre torce. É, mas é a competição, vamos ver o que vai acontecer”.
Você acha que depois do evento aqui no Brasil, aumentou o impacto do R6 no Brasil?
“A gente conseguiu impactar outras comunidades, muitos posts, saíram nas comunidades de outros FPS. A gente teve influencers, a gente teve o gaulês na Arena, que ajuda muito a divulgar o R6 para comunidade do Counter Strike e por aí vai. E a gente quer, sim, que o R6 fique cada vez mais conhecido, porque é um jogo que o Brasil ganha, sabe? Agora, a gente vive culturalmente um momento de aonde as bolhas são mais ou menos fechadas, mais ou menos limitadas, então é sempre um desafio levar essa mensagem adiante, sabe?
A gente até ajustou um pouco o show para que as ligas brasileiras que continuaram o ano competitivo, depois do Invitational. Como a gente sabia que ia ver um grande fluxo de pessoas novas, a gente tornou o show mais didático para as pessoas aprenderem mais sobre o jogo, para entenderem melhor, atentou os talentos nossos, apresentadores, tentaram usar menos jargões de comunidade e tornar a mensagem mais ampla.
Mas a gente sempre tem uma dificuldade, sim, de furar a bolha, é sempre difícil chegar em novos públicos, é um desafio do mercado de maneira geral, né? Sempre o nosso intuito é levar esse gameplay do R6, que é bem específico, bem bacana, é bem tático, é difícil, né?”
O campeonato começou com 5 times brasileiros participando, você acha que a final pode repetir o que aconteceu ano passado, dois times brasileiros se enfrentando?
“A gente vira torcedor também e acompanha os jogos. Eu não sei, os times estão bem disputados, já começamos realmente com cinco times, mas a gente já perdeu a W7M e já perdeu a Team Liquid, que já tão fora do campeonato, saíram ontem — segunda (10/2).
Restam apenas três times do Brasil e temos ainda Dark Zero, Spacestation e alguns times norte-americanos, a minha preferência seria uma final entre um time brasileiro com um time norte-americano. Então eles seriam os da casa, né? E nós seríamos os estrangeiros. O meu colega Christopher, que cuida das regiões Europa e Ásia, que me desculpe, mas ele não, não poderia estar na seleção”.
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A reta final
Nesta sexta-feira (14/2) temos extraordinariamente três jogos do Invitational, o primeiro confronto sendo entre o time brasileiro, Razah Company e o time norte-americano Unwanted às 13:00, ambos os times estão na chave inferior. O segundo jogo, também da repescagem, é entre a brasileira FaZe Clan e a norte-americana Spacestation Gaming, que acontece às 16:45. E o último confronto do dia, agora na chave superior, é entre a brasileira FURIA e a europeia Team BDS, o perdedor cai para a chave inferior, enquanto o vencedor avança para as finais.
Os vencedores das partidas da chave inferior se enfrentam no sábado (15/2) e ainda jogam contra o perdedor da chave superior, o vencedor tem a oportunidade de enfrentar o vitorioso da chave superior na grande final no domingo (16/2). Você pode acompanhar a transmissão oficial clicando no link.