
O ator e jornalista cearense Danilo Castro, radicado em Brasília, lança em Lisboa, Portugal, o livro O menino que morreu de rir. Com 15 contos e 15 desenhos de sua autoria, o autor navega por uma literatura que define como “fantástica”, “trágica” e “inventiva”. O livro vai ser publicado pela Mercador Editorial e Caravana Grupo Editorial, que possuem distribuição no Brasil e em Portugal. O lançamento será nesta quinta-feira (13/3), na Livraria Snob, às 18h30 (horário de Lisboa). Além de livrarias na Europa, as vendas também ocorrem online, por meio dos sites das editoras.
Antes do lançamento, das 14h30 às 15h30, o escritor participará de uma mesa de debate junto a outros autores. O íntimo poético de um jovem transitando da adolescência para a vida adulta vem à tona. O autor escreveu os textos entre 16 e 18 anos e, quase duas décadas depois, redescobriu os escritos. Para ele, foi como uma revelação, um reencontro de um autor desabrochado com o jovem encapsulado de outrora, que convivia com um medo borbulhante ardendo em si. O convite para publicação surgiu após chamada pública aberta pelas editoras.
“Que bom que consegui fazer das minhas angústias da época uma obra. São escritos mais ou menos trágicos, reflexo da negação da minha homossexualidade que já gritava alto enquanto eu a tentava calar debaixo d’água. Reflexo também dos mergulhos na obra de Clarice Lispector, Virgínia Woolf, Hermann Hesse e James Joyce, escritores que descobri na época”, diz a carta de apresentação do livro assinada pelo autor.
“O livro é fruto de uma compreensão íntima, interna, que reverbera uma compreensão do mundo externo. São textos de mão dupla. Reflexões que instigam o leitor a vasculhar as entrelinhas narrativas, a descontruir categorias, mover e lançar para longe o que é, ou está inerte. Assim, a contrapelo da sujeição, o fazer poético de Danilo traz seu leitor para dentro do texto, para que as feridas expostas nesses escritos sejam ao mesmo tempo a sua cura”, diz Thiago Cavalcante Jeronimo, especialista na obra de Elisa e Clarice Lispector, que assina o prefácio.
Os desenhos são um convite à pintura desse passado melancólico, como se, por meio das cores, fosse possível achar a sombra das palavras e preencher de felicidade aquilo que parecia estar perdido no tempo. Para Danilo, as páginas de sua publicação são para co-autoria dos leitores. No lançamento de Lisboa, outros autores brasileiros, de Portugal e da África também publicarão seus exemplares. Além da Europa, Danilo também deve realizar lançamentos presenciais em Brasília e em Fortaleza ao longo de 2025.