
Crítica // Um lobo entre os cisnes ★★★
A firmeza do bicho que pisa forte no hip-hop (com sessões de improviso no Viaduto Madureira), gradualmente, substituída pela leveza moldada à luva, para apresentações do pioneiro Royal Ballet londrino e para escalonadas performances na Ópera Garnier (aberta na França em 1875) e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Se é coisa de cinema a trajetória de Thiago Soares, os diretores Marcos Schechtman (mais associado à tevê) e Helena Varvaki (ela, estreante) tiveram o entendimento, e incrementaram o roteiro (a cargo de Camila Augustini) com a criatividade do experiente mexicano Guillermo Arriaga (lembrado por obras como 21 gramas, de 2003, e Babel, feito em 2006), que reforçou a equipe deste drama sobre dança e aprimoramento profissional.
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Com uma montagem harmônica de Bruno Mauro, o filme do talento brasileiro (leia-se Thiago Soares), exportado em fins dos anos de 1990, sob a chancela do prestigioso Bolshoi, ganha muito com a naturalidade e o desempenho do ator Matheus Abreu, que bem sinaliza as pequenas irresponsabilidades e o inicial desinteresse pelo balé. As pequenas implicâncias e a disposição para o ensino, do mentor cubano (naturalizado brasileiro) Dino Carrera (morto em 2006) crescem, em nuances, pelo esforço do ator Darío Grandinetti.
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