DESPEDIDA HOJE

Ozzy Osbourne deixa legado eterno que moldou o heavy metal

Velório do princípe das trevas está sendo realizado nesta quarta-feira (30/7) e reúne milhares de fãs

Ozzy Osbourne deixa legado eterno que moldou o heavy metal -  (crédito: TMJBrazil)
Ozzy Osbourne deixa legado eterno que moldou o heavy metal - (crédito: TMJBrazil)

O mundo do rock amanheceu mais silencioso nesta terça-feira (22). Aos 76 anos, Ozzy Osbourne, o lendário “Príncipe das Trevas”, faleceu, deixando para trás um legado que transcende o som pesado das guitarras. Mais que um ícone, Ozzy foi o ponto de partida de uma revolução musical — e segundo Merlin Alderslade, editor executivo da Louder, seu impacto será eterno: “Ele e seus companheiros do Black Sabbath construíram as bases do heavy metal como o conhecemos.”

Nascido em Birmingham, Inglaterra, Ozzy iniciou sua jornada musical no início dos anos 1970, quando sua voz deu vida a hinos como “Paranoid”, “War Pigs” e “Sabbath Bloody Sabbath”. Ao longo das décadas, entre álbuns solo, excentricidades no palco e momentos memoráveis na TV, Osbourne vendeu mais de 100 milhões de discos e cravou seu nome como um dos artistas mais influentes da música pesada.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

A causa da morte não foi revelada, mas o músico havia tornado público em 2020 o diagnóstico de Parkinson, condição que limitava sua mobilidade e comprometia sua fala. Mesmo assim, Ozzy seguiu firme até o fim: seu último show, realizado em 5 de julho em sua cidade natal, foi marcado por emoção e despedida. “Ele parecia frágil, mas estava presente, feliz por estar ali. Foi um encerramento inesperado, mas digno”, afirmou Alderslade.

Conhecido por performances teatrais — como quando mordeu um morcego atirado no palco, pensando ser um brinquedo —, Osbourne também reinventou a própria imagem ao estrelar o reality The Osbournes em 2002. A série o transformou de figura obscura a patriarca carismático, exibindo ao mundo a rotina surreal da família que dividia com a esposa e empresária Sharon, além dos filhos Jack, Kelly e Aimee.

“Ozzy teve um apelo que atravessou gerações e culturas. Ele foi do bicho-papão do rock ao avô querido da cultura pop”, pontuou Alderslade.

Por que Ozzy Osbourne virou o ‘Príncipe das Trevas’

O mundo do rock amanheceu em luto nesta terça-feira, 22 de julho. Aos 76 anos, Ozzy Osbourne — lenda viva do heavy metal e ícone incontestável da cultura sombria no rock — faleceu cercado pela família, segundo comunicado oficial divulgado à imprensa. A causa da morte não foi revelada.

“É com mais tristeza do que palavras podem expressar que temos que informar que nosso querido Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor”, dizia a nota que encerra uma era marcada por riffs pesados, vozes guturais e uma personalidade que transcendeu a música.

Nascido John Michael Osbourne, Ozzy ganhou o apelido ainda na infância, mas foi nos palcos dos anos 1970, ao lado do Black Sabbath, que seu nome passou a ecoar como o do Príncipe das Trevas — um título que ele jamais rejeitou, mesmo com as controvérsias. Tudo começou com a canção “Black Sabbath”, cuja atmosfera sinistra e acordes tensos (apelidados de “Intervalo do Diabo”) criaram uma aura de mistério que logo se fundiu à identidade do vocalista.

“O pessoal achava que a gente fazia pacto com o diabo”, relembrou Ozzy em entrevista à NME. “Quando vejo a galera empolgada com o Halloween, só consigo pensar: ‘Nós vivíamos o Halloween todas as noites’.”

As letras que brincavam com o oculto e o sobrenatural alimentaram a mística ao redor do artista. Embora muitos o associassem ao satanismo, Ozzy sempre deixou claro que sua inspiração vinha do cinema de terror, não de práticas espirituais. “É só um nome”, disse certa vez ao Broward New Times. “Começou como uma brincadeira entre amigos. E, sinceramente, prefiro isso do que ser chamado de idiota.”

Com dezenas de discos lançados, seja com o Black Sabbath ou em carreira solo, Ozzy Osbourne ajudou a moldar o heavy metal como gênero e como estilo de vida. Sua influência se espalha por gerações de músicos e fãs que encontraram no som sombrio uma forma de expressão e catarse.

Além da música, Ozzy também se envolveu em polêmicas, reality shows e debates sobre saúde e eutanásia. Em entrevista à Rolling Stone, afirmou que preferia morrer a viver preso a aparelhos: “Se minha vida tiver que continuar com tubos e máquinas, prefiro partir”

 

  • Google Discover Icon
TM
postado em 30/07/2025 08:48 / atualizado em 30/07/2025 09:44
x