
O produtor cultural Jerson Alvim morreu no último domingo (7/9), aos 83 anos, devido a complicações de saúde. Carioca, ficou conhecido pelo trabalho como produtor cultural do Canecão, importante casa de espetáculos localizada no Rio de Janeiro inaugurada em 1967 e, atualmente, inativa. Durante a era de ouro da casa, pôde conviver com grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Tim Maia. Tita Lyra, produtora cultural de Brasília, sintetiza a atuação dele: “Ele era uma história viva da música brasileira, era um deleite sentar e ouvir as suas histórias”.
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Já com mais de 60 anos, Alvim veio para Brasília. Quando Jorge Ferreira decidiu dar destaque à programação cultural do Feitiço Mineiro, casa de shows que funcionou até 2020 na capital, convidou o produtor para que ficasse responsável pelo contato com os artistas. “Enquanto Jorge Ferreira tinha as ideias, Jerson conseguia executar”, explica Lyra. Durante seu tempo em Brasília, trouxe à cidade artistas como Noca da Portela e Tia Surica.
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A produtora enfatiza ainda a visão artística de Alvim, que apostou no sucesso de cantores como Diogo Nogueira, Jorge Vercillo e Teresa Cristina. Daniela Firme, antes de se juntar ao Rock Beats, por exemplo, fazia apresentações semanais no Feitiço Mineiro. “Ele trabalhava com o novo, dava oportunidade para o novo. Não apenas no âmbito nacional, mas também local”, conta Lyra.
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Moacyr Oliveira Filho (Moa), ex-presidente da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc), relembra o trabalho de Alvim. “Ele foi um nome importante na cultura de Brasília, no sentido de trazer para cá grandes nomes do samba e MPB. Até quando deu, desempenhou esse trabalho. É um grande produtor cultural na história de Brasília”, comenta. Depois da morte de Jorge Ferreira, em 2013, Alvim comprou o Feitiço Mineiro, determinado a continuar o legado do espaço cultural.
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Para Lyra, a maior contribuição de Alvim para a música foi a confiança nos novos talentos. Moa considera o trabalho de Jorge e Jerson no Feitiço Mineiro “uma das marcas fundamentais da cultura em Brasília”.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
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