CINEMA

Kleber Mendonça Filho celebra 'O agente secreto' no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Com exibição de 'O agente secreto', o Cine Brasília estava lotado com presença de Kleber Mendonça Filho e Maria Fernanda Cândido

Nesta sexta-feira (12/9), o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro — o mais longevo do país —, inicia a edição comemorativa de 60 anos. Para abrir o festival, O agente secreto, filme de Kleber Mendonça Filho foi o escolhido para abrir o evento. Centenas de pessoas estavam na parte de fora do local para "tietar" o diretor e a atriz Maria Fernanda Cândido.

Vencedor em Cannes, O agente secreto, estrelado por Wagner Moura, é um dos cotados para o Oscar na categoria de Melhor filme estrangeiro. A seleção do longa para abertura do festival comoveu os brasilienses e esgotou os ingressos em minutos — criando a necessidade de uma sessão extra para este sábado (13) pela manhã.

Kleber Mendonça Filho comenta que o público pode esperar um filme nacionalista e histórico. "É um filme que eu acho que tem a lógica do Brasil e que é sobre nossa história e sobre a capacidade que a gente tem de esquecer. O Brasil é um país que tem um problema de amnésia auto aplicada e eu queria muito falar sobre a nossa capacidade de lembrar e de esquecer”, comenta o cineasta sobre o thriller.

Sobre Wagner, o diretor comenta que fica muito feliz com o sucesso internacional. “Previsões da Hollywood Reporter, Variety, revistas muito importantes do mercado da indústria nos Estados Unidos, que colocam ele no número 3 de possibilidades reais de indicação para o Oscar. Eu fico muito feliz por Wagner porque ele é um artista incrível e uma grande pessoa, e hoje somos amigos por termos trabalhado tanto tempo nesse filme”, afirma Mendonça.

Maria Fernanda Cândido, também atriz no filme, comenta sobre a importância política de estar no festival com o longa de Kleber Mendonça Filho. “Eu estou muito emocionada de estar aqui hoje, neste dia preciso, esse 12 de setembro, um dia que a gente está aqui comemorando a nossa democracia e o nosso país soberano, que é o nosso Brasil. Eu fico até arrepiada, porque trazer esse filme, para este festival, que é o festival mais politizado do Brasil, é uma emoção indescritível”, destaca a atriz.

“Fico muito feliz pelo cinema brasileiro que está sendo descoberto pelo mundo. A gente não trabalha pra isso, mas quando acontece, é muito prazeroso, temos que assumir essa alegria de perceber que o povo brasileiro ama o seu cinema”, ressalta Maria Fernanda. (Colaborou Ricardo Daehn).

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