
O retorno da banda norte-americana Linkin Park ficou marcado como um dos principais acontecimentos do mundo da música em 2024. Após a morte do vocalista Chester Bennington em 2017, Mike Shinoda (vocalista), Joe Hahn (DJ), Brad Delson (guitarrista) e Dave Farrell (baixista) finalmente dão continuidade ao legado de um dos maiores grupos de rock dos últimos anos com From zero, primeiro álbum do conjunto em sete anos e estreia da nova formação, que inclui Emily Armstrong (vocalista) e Colin Brittain (bateria). A turnê mundial do disco chega a Brasília em 11 de novembro, mais de uma década após o último show dos músicos na capital federal.
A banda volta a se apresentar em terras brasileiras menos de um ano após duas datas esgotadas no Allianz Parque, em São Paulo, que oficializaram o lançamento do novo projeto. "Nós temos uma comunidade de fãs muito grande no Brasil e esse foi um dos motivos pelos quais a gente quis estrear nosso álbum no país. É um lugar muito especial para nós", declarou Mike Shinoda em entrevista ao Correio. Na capital, a única apresentação do Linkin Park ocorreu em 2014, quando o grupo foi headliner do festival Circuito Banco do Brasil junto com Panic! At the Disco.
Com a From zero world tour, os músicos têm esgotado datas pelos Estados Unidos, México, Japão e diversos países europeus desde o segundo semestre de 2024 — segundo o vocalista, é a maior turnê da história da banda desde 2008. O grupo tem apresentações marcadas até junho do ano que vem. "Estou muito feliz e satisfeito com a forma como o show está. É uma boa mistura do nosso material antigo com as faixas do novo álbum", adiantou.
Numb, In the end, What I've done e demais sucessos do início da carreira são destaque em meio ao repertório, sem deixar os novos singles, como The emptiness machine e Heavy is the crown, de lado. "Foi muito fácil encaixar as músicas do From zero na setlist que costumávamos tocar, porque, estilisticamente, é um álbum que tem muito do DNA do Linkin Park. É um disco que soa muito como a banda", avaliou o vocalista.
"Foi muito mais difícil montar o repertório da turnê do álbum A thousand suns, por exemplo", comparou Shinoda. Waiting for the end e The catalyst são as principais faixas do disco, lançado em 2010. "Era um trabalho muito diferente de tudo que tínhamos feito antes, então precisávamos construir a setlist com muito cuidado. Agora, com o From zero, tudo se encaixou muito facilmente", afirmou. "Além disso, Emily está cantando todas as músicas muito bem. Estou muito orgulhoso do nosso show atual e muito animado para nossos fãs brasileiros verem", acrescentou o músico.
Emily Armstrong, até então vocalista da banda Dead Sara, e Mike Shinoda se conheceram em 2019, por meio de amigos em comum. "Eu e o resto da banda começamos a ter sessões com ela no estúdio e, quanto mais trabalhávamos com ela e fazíamos música juntos, entendíamos que ela é uma vocalista muito versátil, e capaz de fazer coisas muito distintas. E isso era exatamente o que precisávamos, é algo essencial na nossa dinâmica como grupo", contou. "Eu sinto que qualquer coisa que eu escreva, ela consegue transformar em algo que soe de forma perfeita", disse o vocalista.
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"Nós vamos continuar explorando a versatilidade de Emily e vamos ver até onde esse talento nos leva. Até então, ela tem feito um trabalho espetacular, tanto no estúdio quanto na turnê. As performances dela são excelentes e eu amo as nossas músicas novas", elogiou Shinoda. Fã do Linkin Park desde o álbum de estreia da banda, Hybrid theory, Emily faz parte de um novo capítulo do grupo, segundo o vocalista. "Ela traz consigo uma voz e identidade própria, e é isso que gostamos no trabalho dela. Foi o que despertou nossa curiosidade nela", pontuou.
A morte de Chester Bennington
O hiato de sete anos do Linkin Park sucedeu a morte precoce do vocalista Chester Bennington, aos 41 anos. "Nós tivemos que lidar com muitas coisas nesse meio-tempo. Nós fomos de não estarmos nem um pouco prontos para fazer música e tocar juntos para tentar entender como podíamos fazer isso novamente e como a banda seria daqui para frente", explicou Shinoda.
"Nesse meio-tempo, nós retomamos contato com a maneira como sempre fizemos nossas coisas e foi como se houvesse um sentimento de gratidão reforçado. Nós sempre fomos gratos pela oportunidade de poder tocar música para viver, mas ficamos ainda mais agradecidos durante esse período, em que só ficávamos sentados em um quarto juntos, apreciando o quão divertido é criar coisas novas, ter grandes ideias e poder executá-las", contou o músico.
"E ainda por cima, tínhamos fãs que estavam muito animados para receber tudo isso", complementou. "Tudo isso nos colocou em contato novamente com quem somos como pessoas e artistas, e assim pudemos criar uma nova relação e uma nova dinâmica com duas pessoas que amamos (Emily e Colin)", finalizou o vocalista.
Linkin Park — From
zero World Tour
Em 11 de novembro, às 21h,
no Mané Garrincha
Ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do estádio ou
pela plataforma digital Ticketmaster, a partir de
R$ 280. Não recomendado
para menores de 16 anos

Diversão e Arte
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