Cinema

Documentário de cineasta brasiliense leva as vozes do oceano a COP30

Documentário da cineasta brasiliense acompanha, paralelamente, a história de duas mulheres que cuidam de duas unidades diferentes de conservação marinha

Documentário de cineasta brasiliense foi exibido em sessão especial na COP 30 -  (crédito: Divulgação)
Documentário de cineasta brasiliense foi exibido em sessão especial na COP 30 - (crédito: Divulgação)

Depois da estreia de sucesso no 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde venceu o prêmio de melhor longa na Mostra Brasília pelo júri oficial e popular, o longa Maré viva, maré morta foi exibido na COP 30 na última quarta-feira (19/11). Realizada na Casa das Onze Janelas, a sessão especial acompanhou uma roda de conversa com a diretora Claudia Daibert e as protagonistas Berna Barbosa e Zélia Brito. O evento, que tinha como intuito conscientizar o público de temas ligados à conservação marinha e à sustentabilidade dos oceanos, foi realizado pelo Instituto Voz dos Oceanos e pela família Schurmann, como parte da programação paralela da COP.

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O documentário da cineasta brasiliense acompanha, paralelamente, a história de duas mulheres que cuidam de duas unidades diferentes de conservação marinha. Berna e Zélia dedicam as vidas à proteção de ecossistemas em uma história sobre amor, morte e ciclos. Claudia era produtora de TV quando conheceu e se encantou pelo trabalho das duas mulheres. A admiração logo se transformou na vontade de contar a história delas para o mundo, e assim surgiu o documentário.

"Eu fiquei completamente apaixonada e não entrava na minha cabeça como que uma pessoa podia ter uma vida tão maravilhosa como aquela. Na minha cabeça aquilo era uma vida de qualidade, um sonho, porque eu sempre fui muito apaixonada pelo mar e pelo meio ambiente. Eu comecei a pesquisar sobre a vida delas, e achava cada história mais interessante que a outra. Eu fiquei surpresa que ninguém conhecia essas mulheres. Como eu já trabalhava na área do audiovisual, foi um casamento perfeito de desejo, necessidade, crescimento profissional e muito amor pelo mar", explica Claudia. 

Antes de seguir carreira no audiovisual, a cineasta considerou cursar biologia, oceanografia ou até engenharia florestal. Para ela, poder unir as duas paixões no documentário é uma oportunidade incrível: "A gente não tem como escapar mais dessa reflexão, porque a gente está sentindo na pele a mudança climática, o tanto que isso afeta na vida cotidiana. Então eu me sinto muito grata, muito feliz de poder estar contribuindo de alguma forma para essa discussão. Não é o meu foco de estudo, mas eu sinto que eu cheguei onde eu queria, que era conseguir juntar essas temáticas que eu amo profundamente", ressalta. 

A cineasta também espera que não só Maré viva, maré morta, mas outros longas com temas similares fomentem discussões acerca da degradação e preservação do meio ambiente. "Eu espero, não só agora durante a COP 30, que esse assunto se torne permanente nas discussões, da mesa do bar até a Câmara dos deputados, e os plenários…  Eu fico muito feliz de poder contribuir de alguma forma para esse debate, que eu acredito que é o mais importante que a gente vai ter que encarar nos próximos anos, para que a gente consiga continuar vivendo neste planeta", finaliza Claudia.

Estagiária sob a supervisão
de Severino Francisco

 

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postado em 22/11/2025 04:43
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