Para celebrar a obra de Sergio Rodrigues, o instituto que leva o nome do designer e a galeria Cerrado Cultural inauguram, nesta terça-feira (4/11), uma exposição com a reedição da Poltrona Arcos. O móvel foi idealizado nos anos 1960 para integrar o mobiliário do Palácio do Itamaraty e a reedição é uma maneira de homenagear o artista, mas também uma tentativa de colocar o nome de Rodrigues de volta nos ambientes que ele ajudou a criar.
Além da exposição, haverá ainda o seminário Design, Cultura e Diplomacia: uma homenagem a Sergio Rodrigues, que reúne pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), diplomatas e designers para refletir sobre a obra do designer e a importância de sua produção na construção da imagem do Brasil.
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Sergio Rodrigues assinou uma vasta linha de mobiliário brasileiro cuja criação, nos anos 1960, trazia para os móveis a ideia de um Brasil tão moderno quanto a arquitetura que tomava forma em Brasília. Com materiais como madeira, couro e palhinha, Rodrigues deu uma leitura contemporânea a referências brasileiras e criou móveis para muitos espaços públicos. Eram dele as poltronas do Auditório Dois Candangos, na UnB, das salas do Teatro Nacional e do Cine Brasília, peças que, com as reformas empreendidas nos espaços, acabaram retiradas. O designer também está presente nos palácios da capital federal e na Embaixada do Brasil em Roma, prédio para o qual criou o mobiliário e que recebe a exposição Sergio Rodrigues — Uma experiência italiana / Una esperienza italiana, a partir do dia 19 de novembro.
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A reedição da poltrona Arcos foi possível, segundo o curador da exposição, Afonso Luz, graças a um processo de pesquisa iniciado em 2017 junto ao Palácio do Itamaraty, conhecido, nos anos 1960, como o Palácio dos Arcos. “Era uma pesquisa para restaurar e fazer levantamento dos móveis que são de autoria do Sergio Rodrigues. Começou em Roma e se estendeu a Brasília”, explica Luz. “E nisso, muita coisa foi pesquisada e descoberta, coisa que a gente não tinha nem referência direito. Ele produziu muita coisa e fez muitas peças específicas para a sala do Palácio dos Arcos.”
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A poltrona é a primeira peça que vai ser reeditada entre as que sobraram, segundo o curador. “Estamos produzindo novas peças, uma pequena série, em comemoração a esse ciclo. Parte da comemoração do centenário do Sergio Rodrigues será comemorado em 2027 e essa a peça vai participar de exposições para voltar a ser vista e usada”, explica o curador. Not total, serão produzidos 100 exemplares da Arcos.
Serviço
Lançamento – Reedição da Poltrona Arcos
Nesta terça-feira (4/11), abertura para convidados. Visitação até 10 de novembro, na Cerrado Cultural (SHIS QI 5, Chácara 10)
Seminário – Design, Cultura e Diplomacia: uma homenagem a Sergio Rodrigues
Nesta quarta-feira (5/11), das 14h às 18h, no Auditório da Reitoria – Universidade de Brasília (UnB)
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