
O amigo oculto parece uma brincadeira simples, mas continua sendo um dos rituais sociais mais sensíveis do fim de ano: envolve expectativa, julgamento, intimidade e, claro, a delicada arte de presentear. Entre gafes clássicas, presentes que decepcionam e dinâmicas de grupo nem sempre harmoniosas, a troca pode virar tanto um gesto de afeto quanto um palco de constrangimentos. Afinal, quem nunca gastou uma nota em uma lembrança especial e recebeu uma meia?
Para entender como se portar durante as trocas de presentes, o Correio conversou com a consultora de etiqueta Chris Pimentel, que separou algumas dicas desde a preparação para a brincadeira, até como controlar reações diante situações constrangedoras. Confira:
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O que não dar de presente
Segundo a especialista, algumas compras devem ser evitadas por pegar mal no amigo oculto. Presentes muitos pessoais, como lingeries, pijamas e roupas íntimas, devem ser poupados para não causar constrangimento.
Produtos de baixa qualidade também não devem ser uma opção. “O presente não precisa ser caro, mas deve ter boa apresentação. Itens frágeis, com acabamento ruim ou embalagens amassadas demonstram descuido”, explica.
A escolha ainda pode variar conforme o ambiente da dinâmica. No trabalho, os presentes devem ser mais formais e neutros. Entre amigos, é possível ser mais pessoal, mas sempre com bom senso.
Não gostei do presente, e agora?
Caso você receba um presente que te desagrada, Chris recomenda disfarçar e agir naturalmente. “Apenas dia: Obrigada pela lembrança! Não faça críticas nem sugira troca”, ilustra. Se alguém ainda extrapolar a faixa de preço estipulada previamente, a consultora de etiqueta reforça que só o agradecimento é o mais educado a se fazer.
Mas e quando o presente é algo claramente inadequado? Chris responde: “Se a pessoa ultrapassar os limites de respeito, insinuações, brincadeiras ofensivas ou presentear com algo que te expõe, tenha uma conversa privada e gentil, pedindo cuidado com esse tipo de presente para evitar desconfortos futuros.”
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Entre humor e constrangimento
Presentes em tom de brincadeira podem parecer inofensivos, mas, na prática, são um risco. “O que pode ser divertido para um, para o outro pode soar como crítica ou exposição”, argumenta Chris. Principalmente em ambientes corporativos, as lembranças ‘divertidas’ podem resultar em desconforto.
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Combinados prévios
Antes do amigo oculto, a consultora de etiqueta aconselha definir alguns combinados. Listas de sugestões, temas específicos e valor máximo e mínimo são bem-vindos. “O ideal é respeitar o combinado. Exagerar pode parecer exibição, e economizar demais pode parecer descuido”, esclarece.
“A elegância está na neutralidade, no cuidado e na percepção do outro. O presente ideal não precisa impressionar, precisa acolher”, completa Chris.

Diversão e Arte
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