Inteligência Artificial

Mickey no ChatGPT: Disney fecha acordo bilionário com Open IA

A partir de 2026, usuários de plataformas de inteligência artificial poderão criar vídeos e imagens com personagens clássicos das franquias Disney

Os clássicos personagens da Disney poderão ser utilizados em imagens e vídeos curtos feitos por inteligência artificial, solicitados por usuários das plataformas Chat GPT e Sora. A novidade é resultado de um acordo de 1 bilhão de dólares feito entre o mais famoso estúdio de filmes e animações com a OpenAI, empresa detentora de tecnologias de IA.

Essa é a primeira parceria entre um estúdio e a OpenIA. Isso significa que mais de 200 personagens das franquias Disney — incluindo Marvel, Pixar e Star Wars — poderão ser gerados por usuários de IA.

Segundo a Disney, a união entre as duas gigantes irá “desbloquear novas possibilidades na narrativa imaginativa”. 

O acordo, que tem a validade de três anos, também permite que ambas as empresas troquem dados e funcionalidades para criar novos produtos. O uso de vozes ou imagens de artistas não está incluso na negociação.

No contrato, elas se comprometem com o “uso responsável de IA, que protege a segurança dos usuários e os direitos de criadores”. 

A função estará disponível no Chat GPT e Sora em 2026, e há expectativas que seja incluída no serviço de assinatura Disney+.

‘É isso o que queremos?’

A aproximação cada vez maior da indústria cultural com plataformas de IA tem gerado muitas críticas de artistas. Em novembro, a Warner Music Group (WMG) firmou um acordo com a plataforma Suno para que a base de dados da empresa seja treinada com o uso de músicas da WMG. 

Em protesto ao movimento crescente na indústria, artistas ingleses como Paul McCartney, Kate Bush e Damon Albarn assinaram o álbum Is this what we want? (“É isso o que queremos?”, em português) para denunciar o impacto da IA no meio musical.

O disco não contém nenhuma música: são 47 minutos de silêncio gravados em estúdio. Os nomes das faixas formam a frase “o governo britânico não pode legalizar o roubo de música para beneficiar as empresas de IA”. 


 

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