Petrobras

Prates: decisão dos dividendos foi orientada por Lula de forma legítima

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebateu as críticas a uma suposta intervenção indevida do governo na distribuição de dividendos extraordinários para os acionistas

Na semana passada, a Petrobras confirmou o não pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas  -  (crédito: Lula Marques/Agência Brasil)
Na semana passada, a Petrobras confirmou o não pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas - (crédito: Lula Marques/Agência Brasil)
postado em 14/03/2024 12:00

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebateu as críticas sobre suposta intervenção do governo na estatal. Segundo ele, a decisão sobre a distribuição de dividendos foi tomada sob orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de forma legítima, já que o Estado brasileiro tem maioria no Conselho de Administração (CA) da empresa.

“É legítimo que o CA se posicione orientado pelo Presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros. Foi exatamente isso o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários”, escreveu Prates em sua conta no X (Antigo Twitter), na noite de ontem (13/3).

Na semana passada, a Petrobras confirmou o não pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas – os dividendos ordinários, por sua vez, são de pagamento obrigatório. A medida causou uma reação negativa no mercado, e a estatal chegou a perder R$ 55 bilhões em valor de mercado em um único dia.

A decisão foi tomada após votação do Conselho de Administração, com os representantes do governo defendendo o não pagamento. Segundo relatos, Prates foi contra a decisão, sugerindo o pagamento de metade dos dividendos. Em declarações recentes, o presidente Lula criticou a distribuição de dividendos, e disse que os recursos devem ser usados para investimento – o que requer mudanças nas regras da empresa.

Desinformação

“O mercado ficou nervoso esperando dividendos sobre cuja decisão foi meramente de adiamento e reserva. Falar em ‘intervenção na Petrobrás’ é querer criar dissidências, especulação e desinformação”, argumentou ainda Prates. “É preciso de uma vez por todas compreender que a Petrobrás é uma corporação de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro, e que este controle é exercido legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração. Isso não pode ser apontado como intervenção!”, emendou.

Prates acrescentou ainda que somente quem não entende, ou não quer entender, o funcionamento de uma companhia aberta de capital misto vê a decisão como intervenção indevida, e que a Petrobras vai continuar trabalhando em seu Plano de Investimentos de R$ 500 bilhões nos próximos cinco anos, com “lucro e dividendos compatíveis com os nossos resultados e ambições”.

 


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