
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, respondeu à acusação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Brasil seria um “mau parceiro” para o país norte-americano no comércio internacional, justificando novamente a tarifa de 50% aplicada às importações de produtos brasileiros nos EUA.
“O Brasil é bom parceiro e continua o diálogo e a negociação. O comércio exterior aproxima os povos e, por isso, o Brasil tem compromisso com o multilateralismo e com o livre comércio”, disse Alckmin, nesta sexta-feira (15/8), na chegada a Iracemápolis (SP), onde participou da inauguração de uma fábrica da chinesa GWM, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao mesmo tempo em que reforçou a importância da relação de 201 anos entre Brasil e Estados Unidos, Alckmin comentou sobre a aproximação com a China, que instalou mais uma fábrica de automóveis em solo brasileiro nesta sexta-feira. O vice ressaltou que o país asiático é o maior importador de produtos brasileiros, apesar dos EUA ainda aplicarem o maior número de recursos no país.
“O comércio exterior aproxima os povos, estabelece respeito e ganha ele ciência, 'eu sou melhor em um setor, vendo para você, você é melhor em outro, vende para mim', ganha o conjunto da sociedade. Por isso, a importância do comércio exterior e do multilateralismo. A China é o maior comprador do Brasil, o maior parceiro comercial, e os Estados Unidos o maior investidor”, acrescentou Alckmin.
Programa Mover
A nova fábrica da GWM, que também aposta nos carros eletrificados para concorrer em solo brasileiro com outras montadoras, é mais uma aposta do mercado automotivo chinês de expandir a produção no país. Além disso, faz parte dos incentivos do programa Mobilidade Verde (Mover), que prevê um crédito tributário de R$ 3,6 bilhões por ano para projetos que estimulam a descarbonização na indústria automotiva.
“Nós queremos uma indústria mais sustentável, mais verde, mais competitiva e mais exportadora. Comparando agora, este ano, cresceu 56% a exportação de veículos do Brasil. Grande parte aqui para a América Latina, especialmente Argentina e Chile”, comentou o vice.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular