SUMMIT REFORMA TRIBUTÁRIA

Lojistas: CNDL vê risco de insegurança para pequenos negócios em 2027

Karoline Lima, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), alertou que a transição da reforma tributária preocupa micro e pequenos empresários e defendeu ajustes no Simples Nacional

Karoline Lima durante evento sobre reforma tributária e o futuro das fintechs, realizado pela Unecs e pela FCS, em parceria com o Correio -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Karoline Lima durante evento sobre reforma tributária e o futuro das fintechs, realizado pela Unecs e pela FCS, em parceria com o Correio - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

“Quem está no dia a dia está extremamente preocupado com o futuro que é daqui a dois anos.” A afirmação é da advogada Karoline Lima, responsável pelas relações institucionais e governamentais da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em sua avaliação, a transição prevista para 2027 no novo sistema tributário gera apreensão entre micro e pequenos empresários, que representam a maioria do setor produtivo brasileiro.

“Essa diferença é significativa para nós que estamos aqui identificando as possibilidades”, disse ela durante participação do evento Reforma Tributária: regulamentação e competitividade no setor de comércio e serviços e o futuro das fintechs no novo cenáriorealizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) e pela Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (FCS), em parceria com o Correio.

Segundo a advogada, desde o início dos debates da reforma tributária, a CNDL atuou junto às frentes parlamentares e coalizões de entidades para evitar o enfraquecimento do Simples Nacional. “Foram várias reuniões, seja com a Receita, com o Parlamento ou com a Secretaria da Reforma Tributária, e ouvimos, sim, propostas que apontavam para o esvaziamento do Simples em direção ao IVA. Mas é preciso lembrar: 90% das empresas do Brasil estão no Simples”, afirmou.

Cuidados e conquistas

Karoline também apontou as mudanças já em vigor que impactam os pequenos negócios, como a aplicação de multa pelo atraso na entrega da declaração do PGDAS-D e a revisão no conceito de receita bruta. Segundo ela, ajustes positivos foram alcançados, como maior conformidade e fiscalização, mas novas obrigações exigem cuidado para não sobrecarregar os empreendedores.

Entre os méritos destacados, está a possibilidade de adesão semestral ao regime regular de IBS e CBS, fora do Simples, permitindo que empresas acessem créditos tributários sem perder a simplicidade do modelo. “É uma conquista que a gente trabalhou muito, a do Simples, a gente vibrou muito.”

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postado em 19/08/2025 12:21 / atualizado em 19/08/2025 16:39
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