A agenda de transição para o novo sistema tributário, que entra em vigor a partir de 2026, ainda enfrenta desafios. O setor de tecnologia é o grande responsável por fazer essa adequação para empresas, conforme destaca o presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afrac), Edgard de Castro.
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“Um grande desafio é a agenda a partir de 1º de janeiro de 2026, quando muitas informações ainda estarão sendo preparadas. Já temos notas técnicas sendo apresentadas e precisamos rapidamente repassar esse conhecimento às empresas para que possam se adequar”, afirmou nesta terça-feira (19/8) durante o evento Reforma Tributária: regulamentação e competitividade no setor de comércio e serviços e o futuro das fintechs no novo cenário.
O encontro, realizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços e a Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (Unesc), em parceria com o Correio Braziliense, visa ampliar a compreensão do setor de comércio e serviços sobre as novas regras que serão implementadas com a reforma tributária. O debate ocorre ao longo de todo o dia, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Em apresentação no terceiro painel, com o tema transição e segurança jurídica, Castro apontou avanços do Brasil na integração de soluções digitais, especialmente no split payment, modelo que conecta pagamentos à emissão de documentos fiscais. Entretanto, ressaltou a importância do setor na adaptação ao novo modelo tributário.
“A Afrac tem participado ativamente junto a estados que já estão legislando sobre o tema. É uma pavimentação para o split payment, que basicamente se apoia em plataformas de pagamento digital”, afirmou. “Estamos falando da última milha, de quem está fazendo toda a preparação para a implementação nesse momento de transição”, explicou.
Para o executivo, essa preparação abre novas oportunidades, inclusive em áreas ligadas à sustentabilidade. “Temos um país bastante acelerado e adiantado em plataformas de documentos fiscais, muito à frente também na parte de meios de pagamento. Isso traz segurança jurídica e, inclusive, abre novos campos, como os ligados a ESG”, completou.
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