
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que há expectativas positivas para conversas bilaterais com representantes do governo dos Estados Unidos, na tentativa de reverter o tarifaço. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC, nesta terça-feira (7/10), o chefe da pasta afirmou que vê determinação tanto do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, quanto do norte-americano Donald Trump, em “virar essa página equivocada”, como pontuou.
“Então nossa opinião é uma coisa que também não faz sentido, são dois países que têm uma longa tradição de cooperação, e a conversa foi muito boa ontem nessa direção. Então, acredito que vai distensionar e abrir espaço para uma conversa franca e produtiva para o Brasil”, destacou o ministro.
Entre as possibilidades destacadas por Haddad, está uma conversa presencial com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em solo norte-americano, ainda neste mês de outubro. O chefe da equipe econômica viaja para os EUA no dia 13 de outubro, onde vai participar da reunião dos ministros das Finanças do G20, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Embora ainda não confirmada, há expectativa de um encontro entre os dois.
“Eu não sei se vai acontecer, até porque como eu estou com uma agenda doméstica bastante intensa, negociando com o Congresso as medidas para fechar o Orçamento, eu ainda não me movi e devo fazer até o fim da semana algum movimento para saber da disponibilidade ou interesse, ou se o secretário Marco Rubio vai estabelecer contato com o ministro Mauro Vieira antes disso”, explicou.
Diplomacia
O ministro ainda disse que acredita em uma superação do que ele chamou de “largada equivocada” na relação comercial com o Brasil pelo governo Trump e frisou que o governo brasileiro não deve mudar o discurso para negociar com a Casa Branca. O número um da Fazenda destacou que acredita na diplomacia brasileira e avaliou que houve um equívoco na percepção sobre as instituições brasileiras.
“Nós não vamos mudar a estratégia, porque a estratégia, na minha opinião, está muito certa. Muita gente propôs que o presidente Lula adotasse outra forma de proceder, mas nós estamos tão confiantes nos nossos argumentos que nós entendemos que eles vão se fazer valer pela diplomacia brasileira que é das melhores do mundo”, complementou o ministro.
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