
A Bolsa brasileira segue em ritmo de alta e, mais uma vez, bateu recorde de fechamento nesta segunda-feira (3/11). No primeiro dia de operações na semana, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) fechou em alta de 0,61%, aos 150.454 pontos, impulsionado pelas ações da Petrobras e dos grandes bancos. Desde o início de outubro, o Ibovespa acumula valorização de 2,88%.
No primeiro dia útil do mês, os papeis da maior companhia de petróleo do país fecharam no azul, com as ordinárias (PETR3) fechando em alta de 0,76% e as preferenciais (PETR4) com crescimento de 1,18%. Já as ações do Bradesco (BBDC3) subiram 1,16% no final do dia, enquanto as do Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram 0,87% e 1,46%, respectivamente.
Na avaliação de Guilherme Macêdo, economista e sócio da Vokin Investimentos, a valorização histórica da bolsa é reflexo da liquidez no exterior que apresenta um fluxo mais favorável ao Brasil e a outros países emergentes, em virtude da política comercial mais restritiva dos Estados Unidos.
“Tem também sinais de que a gente está no máximo de juro, então a tendência é que tenha um afrouxamento monetário lá para março, abril do ano que vem. Então isso pode fazer com que a bolsa suba ainda mais, com uma antecipação do juro mais baixo lá na frente. Mas no ano que vem há um cenário de muita incerteza em razão das eleições. Então é difícil prever qualquer coisa para o ano que vem”, avalia.
Nesta segunda-feira, o Boletim Focus, que reúne a mediana das expectativas do mercado financeiro em relação aos principais indicadores econômicos, revelou uma nova queda na expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,56% para 4,55%. Na visão do analista de investimentos Felipe Sant’Anna, o retorno do IPCA ao limite da meta – de 4,5% – seria importante para o país e pode animar ainda mais os mercados.
“Está um pouquinho longe, mas há quem acredite. Então é um bom humor generalizado, é uma expectativa olhando lá para fora, a expectativa do comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira (5/11), todo mundo sabe que não vai cortar juros, mas está animado mesmo assim”, analisa Sant’Anna, que mencionou a reunião do Copom que, na avaliação de quase todo o mercado, deve manter a taxa Selic a 15% ao ano.
Outro fator importante para a bolsa é a temporada de balanços no mercado. Nesta semana, o Itaú Unibanco e a Petrobras divulgam os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025. Para o especialista, os resultados trimestrais têm sido favoráveis, na média, para as empresas brasileiras.
“No mercado lá fora o mercado americano está tão inflado que o griungo vem comprar até aqui, porque lá a gente tem empresa valendo US$ 4 trilhões de capitalização, como é o caso da Nvidia. Então tem muito dinheiro lá e acaba respingando na gente”, considera.

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