
O adiamento da assinatura do acordo entre Mercosul e a União Europeia causou "frustração" a entidades que representam a indústria nacional. O tratado de livre-comércio estava previsto para ser assinado neste sábado (20/12), em Foz do Iguaçu (PT) durante a Cúpula do Mercado Comun do Sul.
Na avaliação da Confederação Nacional da Indústrias (CNI), o recuo na assinatura do acordo causou preocupação. “Adiar a assinatura do acordo neste momento é motivo de frustração, especialmente diante do longo histórico de negociações, mas esperamos que o empenho em firmar essa parceria seja mantido para que o processo seja concluído o quanto antes, em benefício de uma integração econômica do Mercosul com a União Europeia”, avaliou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Além da CNI, A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) publicou nota sobre o adiamento da assinatura do acordo. "Ao longo dos últimos 25 anos, o texto passou por análise profunda e detalhada dos atores europeus e sul-americanos e desempenhará um papel significativo para o desenvolvimento e competitividade das indústrias nacionais, visto que cerca de 97% das exportações de Bens Industriais para a União Europeia terão suas alíquotas zeradas", comentou a entidade.
Por que o acordo será adiado?
Previsto para ser assinado neste sábado, o tratado entre Mercosul e União Europeia foi adiado para janeiro de 2026 por causa de resistências de agricultores da França e da Itália. O setor, ao argumentar contra o acordo, teme uma possível concorrência com produtos do agro brasileiro.
O acordo prevê que produtos do Mercosul sejam exportados à União Europeia com redução de 92% nas tarifas ao longo de 10 anos. Já os produtos europeus, segundo o tratado, seriam importados pelo Mercosul com a redução de 91% das tarifas. ao longo de 15 anos.
Entendidades defendem negociação
Com o adiamento da assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia, a confederação das indústrias destacou ser necessário que o Brasil continue nas negociações com o bloco e expanda mercados para outros países e regiões.
"A celebração de acordos comerciais continua sendo um instrumento fundamental para ampliar exportações, reduzir barreiras, aumentar a previsibilidade regulatória e fortalecer a competitividade das empresas brasileiras", afirmou o comunicado.

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