Dorival Júnior foi o único entre os últimos técnicos da Seleção Brasileira a não contar com Neymar em nenhuma partida. No Corinthians, o dono da prancheta vive drama semelhante em relação ao badalado trio ofensivo, formado por Rodrigo Garro, Yuri Alberto e Memphis Depay. É um cenário parecido com o do início de trabalho de Hernán Crespo à frente do São Paulo. Não bastasse não contar com o lesionado centroavante Jonathan Calleri, o comandante tricolor ainda não teve a oportunidade de colocar em ação Oscar, Lucas Moura e Luciano juntos. E não será hoje, no clássico Majestoso das 21h no Morumbi.
O Corinthians está sob mentoria do ex-técnico da Seleção Brasileira desde 28 de abril. Em quase três meses de trabalho, Dorival Júnior não conseguiu escalar Garro, Yuri Alberto e Memphis juntos em nenhum dos 13 jogos à frente da equipe. Motivo: pelo menos uma das estrelas se lesionou nesse período. O antecessor no cargo, o argentino Ramon Díaz teve 22 oportunidades de colocar o trio em ação em 60 partidas.
"Nós temos um problema, que ainda não tivemos a possibilidade de estar com os três jogadores de frente em condições de jogar. Não os tive juntos em momento algum. O Garro é a terceira partida. O Memphis jogou as primeiras. O Yuri machucou-se seriamente. O Corinthians, naturalmente, precisa de mais alguns nomes para que possamos preencher a nossa linha de ataque", comentou Dorival Júnior, na entrevista coletiva após a vitória por 1 x 0 sobre o Ceará, na 14ª rodada.
Nesta temporada, Garro, Yuri Alberto e Memphis foram titulares em sete das 42 partidas do clube. Ou seja, 16,6% dos jogos. No ano passado, após a chegada do holandês, eles atuaram juntos em metade dos compromissos do clube: 10 de 20. A presença deles é termômetro para o Corinthians. Os melhores momentos do time foram com os três em ação, sobretudo na reta final do Brasileirão de 2024.
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A delicada situação financeira do Corinthians dificulta a busca de grandes nomes no mercado. Em meio ao elenco escasso e falta de recursos para contratação, a notícia boa fica por conta do retorno de Yuri Alberto para a próxima semana. Diretor de futebol alvinegro, Fabinho Soldado acredita que o atacante voltará a ficar à disposição de Dorival Júnior antes do fim do turno da Série A. O estágio da recuperação é avançado.
Memphis e Rodrigo Garro são nomes certos para o Majestoso desta noite no Morumbi. Individualmente, a partida é mais importante para o holandês. Hoje, ele disputou o 10º clássico paulista com a camisa alvinegra. Desde a chegada, foram cinco contra o Palmeiras, dois contra o São Paulo e dois contra o Santos. Porém, em nenhum gol marcado. A história de Memphis em confrontos contra os rivais estaduais passou por Brasília em 29 de setembro, na derrota por 3 x 1 para o tricolor, no Estádio Mané Garrincha, pelo Brasileirão.
Dorival Júnior não terá à disposição o lateral-esquerdo Hugo, diagnosticado com uma hérnia inguinal. O volante Maycon também está fora de combate devido a uma lesão muscular na coxa direita. Ángel Romero volta de suspensão e deve fazer dupla no ataque ao lado de Memphis.
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O quarteto são-paulino, com Oscar, Lucas Moura, Calleri e Luciano não será testado por Hernán Crespo tão cedo. Em abril, o centroavante argentino rompeu ligamento, passou por cirurgia e teve retorno estipulado para o próximo ano. Lucas Moura foi vítima de problemas físicos em março, agravado em maio. Ontem, foi submetido a uma intervenção no joelho, com "objetivo de alívio sintomático e otimização do retorno esportivo". O clube não estipula prazo, mas a tendência é de retorno em agosto.
A responsabilidade criativa ofensiva recai sobre Oscar e Luciano e dá brecha para o oportunismo de um atacante nada badalado. De reserva de Calleri, André Silva passou a ser artilheiro do São Paulo na temporada. São 13 gols e três assistências em 33 partidas. No meio de semana, foi o responsável por evitar a derrota para o Red Bull Bragantino, que deixaria o tricolor na zona de rebaixamento.
Meia-armador do São Paulo em algumas oportunidades com o ex-técnico Luis Zubeldía, Luciano deve voltar a atuar como um segundo atacante com crespo. Função considerada ideal por Crespo para ele. "O Luciano é muito perigoso. Um camisa 10 perigoso, mas ao mesmo tempo, vai por todos os lados. A força dele é isso. Temos de entender como podemos jogar com o Luciano. Para que ele seja um jogador importante dentro da área ou perto da área", analisou.
Maestro do time, Oscar está longe de ser tão participativo em gols. Colabora com posicionamento, distribuição e visão de jogo. Porém, um dos dois gols anotados por ele em 2025 foi justamente sobre o Corinthians, na vitória por 3 x 1 sobre o Paulistão. O alvinegro é o único rival paulista vazado por Oscar com a camisa tricolor.
Se não vencer hoje, o São Paulo seguirá em jejum de vitórias no Brasileirão sob o comando de Crespo. Somando as duas passagens, o treinador não comemora um triunfo há sete partidas. Em 2021, deixou o cargo com o acúmulo de cinco empates seguidos. Neste início de trabalho, perdeu para o Flamengo por 2 x 0 na estreia e ficou no 2 x 2 com o Red Bull Bragantino.
Há um ponto de atenção para a partida de hoje: o número de cartões. São Paulo e Corinthians são os dois times mais indisciplinados entre os 20 da Série A do Brasileirão. Juntos, somam 87 cartões amarelos em 14 rodadas, 44 para tricolores e 43 para alvinegros.
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