
Assunção - Em mais de dois séculos, o Paraguai jamais teve um Dia da Bandeira tão conectado com o esporte quanto o comemorado nesta quinta-feira (14/8). Em meio à jornada de disputas dos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025, o país anfitrião comemora o 213º aniversário do símbolo máximo do país com um orgulho extra. Mesmo em quantidades esporádicas até aqui, as conquistas no maior evento esportivo já realizado em terras paraguaias maximiza o sentimento de pertencimento e ligação ao vermelho, branco e azul do estandarte.
As bandeiras do Paraguai estão espalhadas por todo lado nas setes sedes responsáveis por receber as competições do Pan Júnior. Principais centros dos Jogos, os complexos do Comitê Olímpico e da Secretaria Nacional de Deportes têm quase todos os equipamentos esportivos decorados com as cores do país. As arquibancadas seguem o padrão reservado aos anfitriões em eventos poliesportivos. Seja qual for a modalidade ou o país em ação, há sempre um pendão paraguaio vibrando em meio ao público presente.
Andar pelas ruas da capital Assunção é um convite para entender a força e importância da bandeira no centro político e econômico do país. Qualquer equipamento público é rapidamente identificado com a flâmula tremulando em mastros. Locais importantes e movimentados da cidade, como o shopping Paseo La Galeria, no bairro Vila Morra, exibem o símbolo do país em diversas quantidades e tamanhos. Outros estabelecimentos adotam a mesma estratégia para "localizar" qualquer frequentador.
Nos primeiros seis dias do Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025, a bandeira do Paraguai figurou no pódio em oito oportunidades. Até aqui, o país acumulou dois ouros, três pratas e três bronzes. Dona da primeira medalha dourada do evento e do país, a Nicole Martínez resumiu o sentimento pelo símbolo. "Ao portar a bandeira, representamos mais de 300 atletas paraguaios que carregam com orgulho o sonho de um país no coração. Somos parte de uma geração que acredita no poder do esporte para transformar vidas, unir comunidades e construir um mundo melhor, como promove o espírito do olimpismo", destacou.
Na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos, Nicole foi uma das porta-bandeiras do país ao lado de Lars Flaming, atleta do lançamento de dardos. "Ao erguer nossa bandeira, juramos representar com honra os valores da nossa nação: a perseverança, a solidariedade e o jogo limpo", discursou. Todo o evento inaugural de Assunção-2025 no Estádio Defensores del Chaco, inclusive, fez alusão ao símbolo do país. O momento mais marcante foi a projeção no céu da capital paraguaia durante o show de luzes protagonizado por drones.
"Esta bandeira representa seis milhões e meio de paraguaios. Ela representa os sonhos, as aspirações, o orgulho de nós que abraçamos o esporte, não apenas como uma política pública, mas como um modo de vida", defendeu o presidente do Paraguai, Santiago Peña, em discurso inflamado para os atletas do país. Mandatário do Comitê Olímpico do país, Camilo Pérez López Moreira endossou as falas. "Em suas mãos e em seus corações, carregarão muito mais do que uma bandeira durante os Jogos. Carregarão a história, o orgulho e a esperança de todo um país", pontuou.
A história da bandeira
Símbolo patriótico do país, a atual bandeira do Paraguai está em uso desde novembro de 1842 e é a única no mundo com dois brasões diferentes na frente e no verso. O vermelho simboliza a justiça, o branco a paz e o azul a liberdade. O dia da flâmula nacional foi instituído para 14 de agosto em 1913. A data foi escolhida para não entrar em conflito com o aniversário da capital Assunção, comemorado em 15 de agosto, mesma ocasião do primeiro hasteamento da versão em vigor, a terceira na história paraguaia.
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