
Assunção — Competir em um evento da grandeza dos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025 é um momento especial para qualquer jovem atleta. No entanto, Davi e Deivid Carvalho tiveram um importante upgrade nas disputas realizada na capital paraguaia. Irmãos, os cariocas tiveram no incentivo parental um diferencial para brilharem e conquistarem medalhas nos torneios individuais e de duplas do badminton.
Revelados em um projeto social Associação Miratus — fundado por Sebastião Oliveira, pai do atleta olímpico Ygor Coelho —, no Rio de Janeiro, a dupla chama a atenção pelo talento e os impressionantes 2,02m de altura. A potência e a qualidade na prática do badminton fazem dos irmãos importantes nomes da nova safra de jogadores da modalidade no país. Em Assunção-2025, Davi ganhou uma medalha de ouro nas duplas mistas, ao lado de Juliana Viana. Deivid chegou na decisão individual, mas perdeu e voltou para casa com a prata.
Tecnicamente, os irmãos não atuaram em conjunto nas disputas da capital paraguaia. A única disputa de duplas era mista, impossibilitando a parceria. No entanto, a cada partida com o nome Carvalho no placar, era como se eles estivesses unidos em quadra. Enquanto um enfrentava os adversários, o outro permanecia na arquibancada, com atenção e torcida máxima para o irmão. Palmas, gritos de incentivo e apreensão fizeram parte do cardápio de Davi e Deivid na missão de impulsionar as conquistas familiares.
Os dois, inclusive, nunca haviam compartilhado uma competição, vivendo a experiência de maneira inédita em Assunção-2025. "Quando o Davi está jogando, eu fico muito ansioso. Quando ele erra, quando ele acerta, quando está lado a lado, eu fico bastante nervoso. Isso é desde sempre. Eu vou estar sempre torcendo por ele e ele vai estar sempre torcendo por mim. Isso que importa. A vitória dele é a minha, a minha vitória é a dele. Essa irmandade nunca vai acabar" conta Deivid, medalhista de prata. "Eu amo muito esse cara, que está sempre do meu lado me apoiando", derreteu-se.
"Ele veio em uma situação muito complicada, que estava dependendo de resultados. Conseguiu uma medalha muito importante para a carreira dela. Com a prata, ele vai evoluir e conseguir grandes resultados pela frente", destacou Davi, medalhista de ouro, antes de falar da apreensão de assistir ao jogo. "Eu estava muito nervoso na arquibancada. Infelizmente, não veio a medalha de ouro, mas ele vinha batalhando demais pelo pódio. É dever mais do que cumprido. Estou muito feliz e espero que alcance mais bons resultados pela frente", prospectou.
A construção da proximidade dos irmãos com o badminton vive uma fase de consolidação desde o início do "vício", na comunidade da Chacrinha. "Começamos a treinar e se divertir. Quando meus pais e o nosso treinador viram que tínhamos futuro, levamos mais a sério. A gente era muito viciado em badminton. Às vezes, faltávamos aula pra treinar. Corríamos risco na nossa comunidade para ir treinar. O fruto está aí. Estamos batalhando e, com certeza, vamos trazer muito mais resultado para o Brasil", garantiu Deivid.
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