CNU

Alívio, cansaço e esperança: o clima pós-CNU 2025

Para quem encarou meses de estudo e concorreu a uma das mais de 6 mil vagas oferecidas pelo governo federal, o sentimento predominante era de missão cumprida

Carlos Silva
postado em 05/10/2025 17:50 / atualizado em 05/10/2025 17:51
Fernanda afirma que a seção de conhecimentos gerais estava longa -  (crédito: Foto: Carlos Silva/CB/DA Press)
Fernanda afirma que a seção de conhecimentos gerais estava longa - (crédito: Foto: Carlos Silva/CB/DA Press)

Após cinco horas de prova, os portões do Centro de Ensino Médio 10 de Ceilândia começaram a se abrir, no fim da tarde deste domingo (5/10), para a saída dos candidatos que participaram da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). O clima era de alívio, cansaço e, para muitos, de esperança. Alguns deixavam o local trocando impressões sobre o conteúdo das questões, enquanto outros preferiam o silêncio, ainda processando o desafio do dia.

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Para quem encarou meses de estudo e concorreu a uma das mais de 3 mil vagas oferecidas pelo governo federal, o sentimento predominante era de missão cumprida. Entre os candidatos que deixaram o CEM 10 de Ceilândia no fim da tarde estava Fernanda de Oliveira Silva, de 40 anos, moradora da própria região administrativa.

Técnica de enfermagem, ela concorre a uma vaga na área da saúde, com foco no Hospital das Forças Armadas (HFA). Após horas de prova, Fernanda avaliou o exame como equilibrado, embora extenso. “A parte de conhecimentos básicos estava bem longa, um pouco cansativa, mas tudo dentro do que estava previsto no edital”, contou. Segundo ela, os textos das questões exigiram atenção redobrada, especialmente nos trechos de interpretação.

Do lado de fora, familiares aguardavam com expectativa os concurseiros que concluíam a prova. Apesar do Sol forte e do cansaço, o clima era de otimismo. Muitos candidatos prometeram continuar na jornada, caso o resultado não venha desta vez. O professor Aerton Martins, de 43 anos, demonstrava tranquilidade e um leve sorriso de dever cumprido. Morador de Ceilândia Norte, ele concorreu a um cargo na área administrativa do bloco 6, voltado ao setor de cinema e audiovisual.

“A prova estava tranquila, mas é nesse tipo de tranquilidade que moram as pegadinhas”, observou. Mesmo experiente em concursos, o educador admite que o nervosismo sempre aparece na hora decisiva.

Ao sair do colégio, o professor comentou que pretendia descansar, embora saiba que o ritmo da vida de concurseiro não permite longas pausas. “O brasileiro médio nunca descansa de verdade. A gente termina uma prova e já começa a pensar na próxima”, disse, rindo. “Se eu passar, vai ser motivo de muita alegria com minha esposa e minha família — com sorriso e oração, como tem que ser”, completou.

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