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MP pede investigação sobre conduta de policiais em protesto de professores

Durante protesto na manhã de segunda (16/6), grupo de professores foi contido com spray de pimenta. PM afirma que houve tentativa de negociação, mas manifestantes insistiram no bloqueio da entrada da Secretaria de Educação

Letícia Mouhamad
postado em 17/06/2025 09:20
A greve dos docentes começou em 2 de junho -  (crédito: Luzo Comunicação/Sinpro-DF)
A greve dos docentes começou em 2 de junho - (crédito: Luzo Comunicação/Sinpro-DF)
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) determinou à Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMDF) a instauração de um processo de investigação preliminar para apurar a conduta de policiais durante assembleia geral dos professores do DF, ocorrida na manhã de segunda-feira (16/6). Na ocasião, um grupo de professores foi contido com spray de pimenta na entrada do Shopping ID, onde fica a sede da Secretaria de Educação.
A requisição foi feita pela 3ª Promotoria de Justiça Militar, e o prazo para que a PMDF inicie a investigação e apresente uma resposta oficial é de cinco dias. A reação policial gerou tensão. Em nota, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) definiu a ação como truculenta. Questionada sobre a conduta, a Polícia Militar afirmou que alguns manifestantes bloquearam a entrada e houve tentativa de negociação. No entanto, o grupo insistiu no bloqueio da entrada do prédio.
"Diante da resistência em liberar a entrada da Secretaria e do confinamento das pessoas que estavam no local, além do acirramento dos ânimos, foi necessário o uso de um instrumento de menor potencial ofensivo (gás de pimenta) para restaurar a ordem e preservar a integridade física de todos os envolvidos, inclusive dos próprios manifestantes", disse a corporação, em nota.
Os professores da rede pública estão em greve desde 2 de junho. Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 19,8%, a reestruturação da carreira, a nomeação de aprovados em concurso público e a correção do envio de dados de professores temporários ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que impacta diretamente nos direitos previdenciários desses profissionais.

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