DIA DA MULHER

Márcia Abrahão em carta aberta: "As mulheres querem paz e voz"

Nesta sexta-feira (8/3), Márcia Abrahão compartilhou uma carta de felicitações para o Dia Internacional da Mulher

Correio Braziliense
postado em 08/03/2024 14:04
Reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão -  (crédito: Beto Monteiro/Secom UnB)
Reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão - (crédito: Beto Monteiro/Secom UnB)
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A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, compartilhou uma carta felicitando o Dia Internacional da Mulher, com o tema “para celebrar e refletir”, nesta sexta-feira (8/3). A professora destaca a importância das mulheres e manifesta sobre os desafios vivenciados pela sociedade feminina.

Ao decorrer da carta, Márcia pontua dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que revelam que as mulheres têm apenas 64% dos direitos legais dos homens. A reitora também relata sobre o papel fundamental de ter mulheres presentes nas áreas de educação, ciência, economia, política “e onde mais for necessário”.

“Hoje, as mulheres dedicam três vezes mais tempo a trabalhos não remunerados, como o cuidado com a casa e os filhos, em comparação aos homens. Se atribuíssemos um valor econômico, essas atividades representam 40% do PIB. Reconhecer os direitos das mulheres como um investimento é crucial para criar soluções transformadoras que permitam a elas exercer seus direitos e prosperar”, aponta Márcia.

A professora destaca o número de mulheres que são vítimas de violência, que de acordo com dados de pesquisa recente do Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), 68% das brasileiras têm alguma conhecida ou familiar que já foi vítima de agressão doméstica. Na carta, a reitora ainda divulgou dados da secretaria de Segurança Pública do DF, que registrou em 2023, 34 feminícidios consumados, 885 crimes de estupro e mais de 960 casos de importunação e assédio sexual. “É triste e alarmante, em seus diversos modos e ocorrências, no DF e em todo o país. O machismo precisa ser coibido. Os agressores, punidos. As mulheres querem paz e voz”, pontua.

Márcia também descreve sobre a atuação e presença das mulheres na UnB. “Temos orgulho de conquistas que refletem a nossa dedicação ao combate à desigualdade de gênero na educação, na ciência e no mercado de trabalho”, diz.

"No mundo, no país e em Brasília, é momento de comemorar com alegria e renovar com rigor o pensamento acerca das formas mais eficazes e contundentes para reverter as injustiças cometidas diuturnamente contra as mulheres. Juntas, avançaremos ainda mais nesta jornada rumo à equidade de gênero – pra fazer a diferença", conclui Márcia. 

Por fim, a reitora deixou uma mensagem para as mulheres. "Vamos juntas fazer a diferença." 

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