A Universidade de Brasília (UnB) decidiu pela expulsão do youtuber Wilker Leão, influenciador de direita condenado por agressão, difamação e desacato contra professores. O aluno de história já havia sido afastado três vezes por períodos de 60 dias, o último afastamento ocorreu em maio deste ano.
Em nota, a UnB informou que o discente foi excluído da instituição e está impedido de fazer novas matrículas. “O ato está em conformidade com as recomendações do relatório final do PDD (processo disciplinar discente) e o parecer da Procuradoria Federal junto à UnB”, diz o comunicado. Wilker ainda pode recorrer.
A decisão assinada pela reitora Rozana Naves aponta que Wilker cometeu delitos descritos em ato normativo do Decanato de Assuntos Comunitário (DAC-UnB). As contravenções indicadas correspondem a:
- Reincidir em falta cominada com a pena máxima prevista para suspensão;
- Agredir fisicamente ou importunar sexualmente qualquer membro da comunidade universitária;
- Caluniar, injuriar ou difamar membro da comunidade universitária;
- Desacatar membro dos corpos docente, discente ou técnico-administrativo;
- Praticar atos que violem direitos humanos e direitos fundamentais, na forma da Constituição Federal, dos tratados internacionais ratificados pelo Brasil e da legislação em vigor;
- Praticar, no exercício de suas atividades acadêmicas ou em razão dela, ato incompatível aos valores e princípios da Universidade de Brasília;
Em agosto, a Justiça do DF condenou o YouTuber por injúria e difamação contra o professor Estevam Thompson, do Departamento de História. Segundo a decisão, “todo o conteúdo produzido teve por finalidade apenas a exposição da figura do professor”. A decisão proferida pela 1ª Vara Criminal de Brasília condenou o influenciador a dois anos e três meses de prisão, convertidos no pagamento de 15 salários mínimos ao docente e outra prestação pecuniária de mesmo valor a uma organização social.
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Texto do documento determina ainda o encaminhamento dos autos do processo ao Ministério Público Federal (MPF), à Ordem dos Advogados do Brasil Seccional DF (OAB/DF), à Advocacia-Geral da União, à Seção Sindical dos Docentes da UnB e ao Departamento de Polícia Federal.
O Correio entrou em contato com Wilker Leão, mas ainda não obteve resposta.
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