A sabatina que irá ouvir a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, foi adiada para a próxima terça-feira (25/5). Conhecida como 'capitã cloroquina', Mayra é apontada como sendo a idealizadora e responsável pela plataforma TrateCov, que prescrevia o kit covid aos usuários do aplicativo.
Durante o depoimento desta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello reiterou que a secretária e médica foi quem trouxe a sugestão, bem como quem liderou a sistematização da plataforma.
“Ela me trouxe como sugestão, quando voltou de Manaus, no dia 6 de janeiro, que poderia utilizar uma plataforma, que já é desenvolvida para isso, uma calculadora, para facilitar o diagnóstico clínico feito exclusivamente pelo médico. E que ela iria iniciar, então, esse trabalho para fechar essa plataforma”, disse Pazuello, que passou mal durante o intervalo e, por isso, interrompeu o depoimento, que deve ser retomado nesta quinta-feira (20).
Foi Mayra quem apresentou o projeto piloto do TrateCov em Manaus. O sistema ajudava a diagnosticar a doença, após o médico cadastrar sintomas do paciente e comorbidades, como diabetes. Em seguida, a plataforma sugeria a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina, o conhecido kit-covid.
Após a polêmica pela indicação dos medicamentos sem eficácia comprovada pela covid-19, a plataforma saiu do ar. Mas, segundo depoimento de Pazuello na CPI, afirmou que a pasta não “chegou a colocar em operação” o sistema.
O enredo deve nortear as perguntas dos senadores à secretária, que teve negado o habeas corpus pedindo o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou nesta terça-feira (18) o pedido feito pela médica. Para o magistrado, ela não tem motivos para temer eventual prisão ou comportamento "agressivo" de senadores, como ela alegou no pedido, por meio de sua defesa.
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