Violência

Desde o fim das eleições, 70 jornalistas foram agredidos ou atacados no país

Ao todo, 19 estados e o Distrito Federal registraram ataques aos trabalhadores da imprensa brasileira. A maioria dos episódios ocorreu na cobertura dos acampamentos bolsonaristas nas portas de QGs

Correio Braziliense
postado em 02/01/2023 23:35 / atualizado em 02/01/2023 23:36
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A conclusão das eleições presidenciais deste ano não significou um ponto final aos casos de violência contra membros da imprensa brasileira. Desde o dia 30 de outubro de 2022, data do segundo turno, 70 jornalistas foram agredidos ou atacados no país. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em parceria com a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), a maioria dos ataques partiu de grupos bolsonaristas que participavam de atos antidemocráticos contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Do total de ataques, 65 ocorreram na cobertura dos acampamentos e bloqueios de rodovias. Entretanto, os episódios mais graves estavam relacionados aos acampamentos em frente à quarteis. Em Rondônia, uma emissora de rádio foi incendiada e uma redação de um site foi atacada por um atirador.

O caso mais recente foi um ataque à uma equipe brasileira que trabalhava para a CNN de Portugal. O correspondente Nelson Garrone, o operador de áudio e o repórter cinematográfico foram agredidos fisicamente ao cobrir o acampamento no frente ao QG do Exército, em Brasília. O caso ocorreu no dia 30 de dezembro.

Apesar do clima de incerteza, a Abraji não registrou ataques ou impedimento de trabalho de jornalistas ou profissionais de comunicação durante a posse de Lula.

Sobre o novo governo, a presidente da Abraji, Katia Brembatti, disse que espera com a conclusão da transição um cenário em que os profissionais da imprensa tenham mais tranquilidade para trabalhar. "Permanecemos vigilantes e esperamos que os ataques sejam investigados e, seus autores, responsabilizados", pontuou

São Paulo registrou mais casos

Os estados que registraram mais ataques à jornalistas foram São Paulo (9), Rio de Janeiro (7), Paraná (6) e Rio Grande do Sul (6). O Distrito Federal também registrou 6 casos

Ao todo, 19 estados e o DF reportaram casos, confira a lista completa:

  1. SP — 9
  2. RJ — 7
  3. PR — 6
  4. RS — 6
  5. DF — 6
  6. RO — 5
  7. SC — 4
  8. PI — 4
  9. MS — 4
  10. MT — 3
  11. PA — 2
  12. MG — 2
  13. PE — 2
  14. TO — 2
  15. AM — 2
  16. GO — 2
  17. AL — 1
  18. RR — 1
  19. BA — 1
  20. PB — 1

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