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"Sentimento é que democracia foi duramente testada, mas ela venceu e saiu mais forte", define o Ricardo Cappeli um ano após os ataques contra as sedes dos Três Poderes. Em entrevista ao jornalistas Ana Maria Campos e Roberto Fonseca, Cappelli avalia que apesar dos atos golpistas "gravíssimos", a democracia saiu fortalecida porque as instituições brasileiras agiram adequadamente. O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública é o convidado do CB.Poder desta segunda-feira (8/1) — parceria entre o Correio e a TV Brasília.
Cappelli, que foi nomeado interventor federal na segurança pública do Distrito Federal depois dos atos antidemocráticos, também afirmou que sente que o "dever foi cumprido". Ele comparou a situação vivenciada há um ano como um "avião em turbulência, lotado e caindo", mas que foi controlado e pousado em terra firme. "Meu papel como interventor era estabilizar, assumir o comando das forças de segurança, retomar a autoridade e devolver para o Distrito Federal", diz.
O secretário-executivo também criticou a falha ou ausência de plano operacional da Polícia Militar do Distrito Militar para conter a invasão e depredação dos patrimônios públicos. Sobre os acampamentos montados na frente do Quartel-General do Exército, Cappelli avaliou a mobilização e permanência dos manifestantes como algo inaceitável e sem precedentes na história do país. Ele também relacionou esse movimento com a simpatia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem com pautas antidemocráticas.
Assista:
Nesta segunda-feira (8/1), um evento no Congresso Nacional, a partir das 15h, vai reunir os chefes dos Três Poderes: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, cancelou a participação por "problemas de saúde na família". Intitulado "Democracia Inabalada", o ato tem como objetivo reafirmar a importância e a força da democracia brasileira.
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