8 de Janeiro

Ausência de governadores de oposição marca ato pela democracia

Com justificativas como férias, viagens e compromissos médicos, nove governadores convidados não compareceram ao evento que lembra os ataques à Praça dos Três Poderes

Edifício sede do Supremo Tribunal Federal (STF), após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro. -  (crédito: Fellipe Sampaio /SCO/STF)
Edifício sede do Supremo Tribunal Federal (STF), após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro. - (crédito: Fellipe Sampaio /SCO/STF)
postado em 08/01/2024 16:03 / atualizado em 09/01/2024 18:15

Governadores ligados à oposição não compareceram ao evento promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para marcar o aniversário de um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro. O evento, batizado de “Democracia inabalada”, visa relembrar o dia em que vândalos, inconformados com a derrota eleitoral do então presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília .

Compareceram ao evento 18 governadores, enquanto nove alegaram motivos diversos para não vir a Brasília, como férias, viagens e compromissos médicos. Na chegada ao Congresso Nacional, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), se esquivou de comentar a ausência dos colegas.

“O ato de hoje se sobrepõe a qualquer bandeira partidária, qualquer discussão política e eleitoral, e perpassa os valores fundamentais do nosso Estado Democrático de Direito, o respeito às instituições e à democracia e àqueles que representam legitimamente o nosso povo”, disse Lyra à imprensa.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não compareceu porque está gozando férias nos Estados Unidos. No ano passado, ele chegou a ser afastado do cargo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acusado de “omissão e conivência”, devido à falta de policiamento adequado.

Aliado político de Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), também informou que não compareceu por estar de férias, em trânsito para retornar ao Palácio dos Bandeirantes. Já o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se limitou a dizer que permaneceria trabalhando na capital fluminense.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também não compareceu ao ato alegando que passaria por uma avaliação médica, relativa a uma cirurgia cardíaca a que precisou se submeter há um ano. Pelas redes sociais, Caiado relembrou que, no dia da tentativa de golpe, teve que interromper seu repouso pós-operatório.

Apesar de confirmar presença,  o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não compareceu ao evento e fez uma postagem nas redes sociais questionando o significado da data em tom de deboche, sem fazer menção à depredação das sedes dos Três Poderes.

Entre as outras baixas na cerimônia estão os governadores do Acre, Gladson Cameli (PP), de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); de Alagoas, Paulo Dantas (PSB); e de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

 

 

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