Atos antidemocráticos

Preso do 8/1 é homenageado por Michelle Bolsonaro: "Patriota Clezão"

Depredação da Praça dos Três Poderes completa um ano e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) homenageia em suas redes sociais um dos presos pela Polícia Federal

Preso por atos antidemocráticos no 8 de janeiro, Cleriston da Cunha morreu após mal súbito na Papuda, em Brasília
 -  (crédito: Reprodução)
Preso por atos antidemocráticos no 8 de janeiro, Cleriston da Cunha morreu após mal súbito na Papuda, em Brasília - (crédito: Reprodução)
postado em 08/01/2024 15:46

No dia em que as instituições republicanas se unem para marcar um ano dos atos golpistas em Brasília, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) prestou homenagem a Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que morreu no Complexo penitenciário da Papuda (DF) enquanto aguardava decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em sua conta no Instagram, Michelle compartilhou uma imagem de Cleriston, apelidado de "Patriota Clezão", com as datas de nascimento e de morte do bolsonarista. O comerciante de 46 anos sofreu um mal súbito durante o banho de sol, em novembro de 2023, na Papuda, onde estava detido por sua participação nos atos antidemocráticos que resultaram na invasão e destruição do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.

 

A postagem de Michelle Bolsonaro ocorre no mesmo dia em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza um ato em defesa da democracia, sublinhando a polarização política que envolve a história recente do Brasil.

O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro foi detido no Senado Federal e denunciado por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No momento de sua detenção, Cunha aguardava julgamento pela Corte.

Durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), Cleriston Pereira da Cunha relatou problemas de saúde, incluindo vasculite, que o fazia passar mal com frequência. Documentos da Papuda indicam que ele também sofria de diabetes e hipertensão, fazendo uso de medicação controlada. Antes de seu falecimento, a defesa do réu havia solicitado a conversão da prisão provisória em regime fechado para domiciliar — pedido que ainda aguardava apreciação do ministro Alexandre de Moraes, que preside os inquéritos relacionados ao quebra-quebra. Após a morte, o magistrado solicitou informações sobre o prontuário do preso.

*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Doria

 

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