Meio Ambiente

Lula e Macron firmam aporte de R$ 5 bilhões em bioeconomia na Amazônia

Valor será investido em bioeconomia na região amazônica nos próximos quatro anos. Brasil e França estudam ainda criar mecanismo global para financiar proteção florestal

Macron durante visita a Belém nesta terça-feira (26/3) -  (crédito:  Ricardo Stuckert / PR)
Macron durante visita a Belém nesta terça-feira (26/3) - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)
postado em 26/03/2024 20:09

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o homólogo francês, Emmanuel Macron, lançaram nesta terça-feira (26/3) um programa de investimentos de 1 bilhão de euros — cerca de R$ 5,4 bilhões — em bioeconomia na Amazônia. O acordo inclui cooperação entre bancos públicos e a criação de um "hub", ou seja, um centro que agrega produtos ou serviços de pesquisas sobre o tema. O valor será investido ao longo dos próximos quatro anos.

A medida faz parte de dois documentos conjuntos divulgados por Brasil e França na área ambiental, tendo em vista a visita de Macron a Belém, no Pará. Os países firmaram compromissos para atingir as metas climáticas e implementar ações até a COP 30, no ano que vem.

"Estamos lançando um grande programa de investimentos em bioeconomia para a Amazônia brasileira e guianense, com o objetivo de alavancar 1 bilhão de euros em investimentos públicos e privados em bioeconomia nos próximos quatro anos", diz o comunicado.

Proteção às florestas

Segundo os dois governos, a ação inclui parceria técnica e financeira entre o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a Agência Francesa de Desenvolvimento. Além disso, os países vão firmar um novo acordo científico, com criação de um centro de pesquisas e redes de universidades francesas e brasileiras.

Brasil e França também querem implementar, em escala global, um plano de investimento em bioeconomia. O texto defende ainda a criação de um mercado de carbono regulado, eficiente e transparente.

Os países também se comprometeram a proteger suas florestas e a estudar um mecanismo global para o financiamento de ações nesse sentido, e a incluir as comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia na tomada de decisões.

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