DEFESA

Dino manifesta solidariedade a Moraes após ataques do governo Trump

Ministro do STF ressaltou Constituição brasileira e saiu em defesa do colega da Corte. Comitê Judiciário dos EUA aprovou projeto que pode barrar Alexandre de Moraes no país

Dino escreveu em postagem nas redes sociais que manifesta
Dino escreveu em postagem nas redes sociais que manifesta "solidariedade pessoal" a Moraes - (crédito: Reprodução/Instagram)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, diante do avanço das ações do governo de Donald Trump contra o brasileiro. Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (27/2), o magistrado destacou que os integrantes da Corte, ao tomarem posse no cargo, juram defender a Constituição brasileira.

Ele citou o artigo 4º da Constituição que prevê nas relações internacionais: autodeterminação dos povos; não-intervenção; e igualdade entre os Estados. "São compromissos indeclináveis, pelos quais cabe a todos os brasileiros zelar, por isso manifesto a minha solidariedade pessoal ao colega Alexandre de Moraes", escreveu Dino nas redes sociais.

Dino disse que manifestou “solidariedade pessoal” e, no fim da postagem, o magistrado também brincou sobre a possibilidade de proibição de Moraes nos EUA

“Tenho certeza de que ele permanecerá proferindo ótimas palestras em todo o território brasileiro, assim como nos países irmãos. E se quiser passar lindas férias, pode ir para Carolina, no Maranhão. Não vai sentir falta de outros lugares com o mesmo nome”, disse. 

Nesta semana, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei com medidas que podem barrar o ministro Alexandre de Moraes no país. A proposta, batizada de "No Censors on our Shores Act" (Sem Censores em nosso território), estabelece a deportação e o veto de entrada nos EUA a qualquer estrangeiro que, na avaliação deles, atue contra a liberdade de expressão. 

Em comunicado divulgado ontem, o Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que “bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”.

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Os ataques foram dirigidas diretamente a Moraes, mas, no STF e no Itamaraty, críticas foram recebidas como um ataque institucional. 

 

Luana Patriolino
postado em 27/02/2025 16:32 / atualizado em 27/02/2025 16:40
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