
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou, na noite desta quinta-feira (10/7), sobre a crise de taxas iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, com o Brasil. As declarações foram dadas ao Jornal Nacional, da Rede Globo. Lula falou sobre o histórico de relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos e deixou claro que não tomará nenhuma decisão precipitada.
Segundo ele, o "presidente Donald Trump deve está muito mal informado" sobre a alegação de que os EUA estariam perdendo dinheiro nas relações com o Brasil. O presidente brasileiro ponderou que deve discutir a taxação norte-americana com a Organização Mundial do Comércio (OMC) e que "não tomo decisão com 39º graus de febre".
Lula pontou que a tentativa de Trump com a taxação tem viés político e que o "Brasil não aceita intromissão nas coisas do Brasil". O presidente também comentou sobre os avanços do Brics (grupo de países de mercado emergente) — que chamou de "maravilhoso" — e como o bloco pode ter influenciado a reação de Trump. O presidente ainda declarou que deve se reunir com empresários brasileiros para "ver qual é a situação deles" om relação a taxação norte-americana e que espera que o grupo "esteja ao lado do governo".
Além de entrevistar Lula, o Jornal Nacional falou com economistas, inclusive o americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia de 2008, que afirma que a atitude de Trump não tem respaldo legal ou econômico; com setores da indústria e da exportação que seriam afetados pela medida.
Posição do Congresso Nacional
Mais cedo, em nota conjunta, divulgada nesta quinta-feira (10/7), os presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiram à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Os chefes do Legislativo defenderam uma resposta baseada no diálogo diplomático e comercial, mas ressaltaram que o Brasil tem instrumentos legais para proteger sua soberania econômica.
“O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos”, afirmam os parlamentares. No comunicado, eles mencionam a aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada recentemente pelo Parlamento, como um mecanismo institucional que permite ao Brasil adotar medidas semelhantes contra países que imponham barreiras unilaterais ao comércio nacional.
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Ronayre Nunes
SubeditorSubeditor da editoria on-line do jornal Correio Braziliense. Formado em Comunicação Social - Jornalismo pela Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB). Entusiasta de automobilismo, séries e entretenimento em geral.
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