Executivo

Lula e ministros discutem possíveis vetos ao PL do Licenciamento

O encontro ocorre hoje (6/8) no Palácio do Planalto, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e de outros auxiliares. Petista tem até sexta (8) para sancionar o texto

Lula tem até sexta-feira (8/8) para decidir se vetará trechos do projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental -  (crédito:  ESTADÃO CONTEÚDO)
Lula tem até sexta-feira (8/8) para decidir se vetará trechos do projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental - (crédito: ESTADÃO CONTEÚDO)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva debate nesta quarta-feira (6/8) as possibilidades de vetos para o PL do Licenciamento. O petista tem até sexta-feira (8) para sancionar o projeto, já aprovado pelo Congresso Nacional.

O texto é criticado por especialistas e autoridades do Ministério do Meio Ambiente (MMA) por desmontar regras de proteção ambiental, e Lula está sendo pressionado para vetar parte considerável dos dispositivos. Durante a tramitação, o texto foi apelidado de “PL da Devastação”.

Participarão do encontro, no final da tarde, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Segundo interlocutores da Presidência, é pouco provável que Lula vete integralmente o texto. A expectativa é que ele sancione a matéria na sexta-feira com vetos aos dispositivos mais problemáticos. A reunião de hoje é justamente para decidir quais trechos serão barrados.

Em nota técnica enviada ao Planalto na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) orientou que Lula vete mais de 30 trechos do projeto de lei que desmontam o licenciamento ambiental.

Desmonte do licenciamento

Entre os pontos problemáticos apontados pelo órgão estão a criação de modalidades mais permissivas de licenciamento, dispensa de licenças para alguns setores, como agronegócio e infraestrutura, e a renovação automática de licenças.

O Ministério Público também criticou a exclusão da participação de órgãos como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em projetos realizados em territórios indígenas ainda não homologados, a retirada da exigência do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a flexibilização de regras da Lei da Mata Atlântica.

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postado em 06/08/2025 16:38 / atualizado em 06/08/2025 16:42
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