Malafaia é alvo de busca e apreensão e está proibido de deixar o Brasil

Operação ocorre no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de obstrução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro

Silas Malafaia é o principal organizador de eventos em apoio a Bolsonaro - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O pastor Silas Malafaia foi alvo de operação de busca e apreensão, na noite desta quarta-feira (20/8), no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos aparelhos celulares do pastor Malafaia. Na operação, ele foi abordado por agentes federais no aeroporto ao pousar depois de uma viagem a Portugal.

Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a operação ocorreu no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de obstrução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Além da busca e apreensão contra Malafaia, a PF executou medidas cautelares como a proibição de o pastor deixar o país e de manter contato com outros investigados, como Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.

Segundo o relatório da Polícia Federa, Silas Malafaia atuou como orientador de Jair Bolsonaro em diversas ocasiões como um fomento para que o ex-presidente descumprisse medidas cautelares impostas pelo Supremo como a proibição do uso de celulares e redes sociais.

O relatório da PF aponta que, no dia 25 de julho deste ano, o pastor enviou mensagens a Bolsonaro pedindo para que ele compartilhasse vídeos nas redes. "ATENÇÃO! Dispara esse vídeo as 12hrs" e "Se você se sente participante desse vídeo, compartilhe. Não podemos nos calar!", diz uma das mensagens solicitadas por Malafaia para que Bolsonaro endossasse nas redes.

Em 27 de julho de 2025, segundo a PF, o pastor enviou uma nova mensagem a Bolsonaro com solicitação de postagem de um vídeo encaminhado por ele. No dia seguinte, em 28 de julho, Silas Malafaia solicitou novamente que Bolsonaro enviasse, por meio de lista de transmissão no WhatsApp, outros dois vídeos, e pediu também que mobilizasse Deputados para que os vídeos fossem postados em apoio a manifestações programadas para início de agosto.

Por Francisco Artur de Lima

postado em 20/08/2025 19:35 / atualizado em 20/08/2025 22:57