ESCÂNDALO DO INSS

Relator da CPMI do INSS defende convocação de Nelson Wilians como testemunha

Deputado Alfredo Gaspar afirmou que o advogado precisa esclarecer movimentações financeiras e terá de comparecer obrigatoriamente à comissão

O relator da CPMI, Alfredo Gaspar (esq.) e o presidente da comissão, senador Carlos Viana (sentado) durante sessão que ouviu ex-ministro do governo Bolsonaro, Ahmed Mohamad (José Carlos) Oliveira (fundo à dir.) na quinta (11)
       -  (crédito: Carlos Moura/Agência Senado)
O relator da CPMI, Alfredo Gaspar (esq.) e o presidente da comissão, senador Carlos Viana (sentado) durante sessão que ouviu ex-ministro do governo Bolsonaro, Ahmed Mohamad (José Carlos) Oliveira (fundo à dir.) na quinta (11) - (crédito: Carlos Moura/Agência Senado)

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou nesta segunda-feira (15/9) a convocação do advogado Nelson Willians como um dos pontos centrais da próxima sessão da comissão. O criminalista foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e aparece em investigações relacionadas a movimentações financeiras ligadas ao esquema sob apuração.

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Gaspar ressaltou que, apesar de suspeitas levantadas em operações policiais, Wilians foi arrolado como testemunha e não como investigado. “Vamos dar esse crédito a ele. Ele terá a oportunidade de explicar a atuação e os indícios que envolvem seu nome. Como testemunha, ele não poderá faltar e terá de vir”, disse o relator.

Segundo o deputado, a CPMI recebeu informações de que o advogado teria auxiliado financeiramente investigados, incluindo familiares de Antônio Carlos Camilo, o “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti. “Advogado tem prerrogativas, mas tem também responsabilidades. Quem defende a lei não pode descumpri-la. Ele terá de esclarecer as movimentações em que aparece citado”, afirmou Gaspar.

Além de Willians, foram incluídos na lista de convocados Tânia Carvalho dos Santos, esposa do Careca do INSS, o filho Romeu Carvalho Antunes, Rubens Oliveira Costa e Milton Salvador de Almeida Júnior, sócios de Camilo, e Cecília Montalvão, esposa de Camisotti. Todos deverão depor na próxima quinta-feira (18/9), em sessão única da CPMI.

Gaspar lembrou que, como testemunhas, os convocados não têm o direito de faltar e precisarão prestar esclarecimentos aos parlamentares. “Se mais adiante, com documentos e dados adicionais, for comprovado envolvimento direto, poderão se tornar investigados. Mas, neste momento, o papel deles é explicar sua participação nas empresas e operações financeiras”, disse.

O relator encerrou defendendo a firmeza da comissão. “A CPMI não se move por ideologia, mas pelo interesse do povo brasileiro. O Brasil quer saber quem roubou os aposentados e pensionistas. A convocação de Nelson Wilians é parte desse esforço de esclarecer, com transparência, o funcionamento do esquema”, concluiu.

 

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postado em 15/09/2025 21:04 / atualizado em 15/09/2025 21:05
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