
O advogado Nelson Wilians optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nesta quinta-feira (18/9). Minutos antes, ele havia se recusado a assinar o termo de compromisso de dizer a verdade.
Na semana passada, Wilians foi alvo de operação da Polícia Federal, que prendeu os empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, por suspeita de participação em fraudes de benefícios previdenciários. Apesar disso, o advogado negou envolvimento com o esquema e afirmou que a PF apenas “cumpriu o seu papel” ao deflagrar a ação.
Após um intervalo solicitado pela própria defesa, Wilians decidiu não responder às perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), limitando-se a repetir que não possui “qualquer relação” com os desvios.
Pressionado a assumir o compromisso de veracidade, declarou que “já disse a verdade”. O vice-presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), chegou a ironizar sua postura, chamando-o de “tigrão nas redes sociais, mas fantoche sem celular”.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
A Polícia Federal incluiu Wilians nas investigações após identificar movimentações financeiras ligadas a Maurício Camisotti, apontado como sócio oculto de empresas beneficiadas pelas fraudes. O advogado, no entanto, reiterou diante da CPMI que não tem ligação com o esquema e que seguirá reafirmando sua inocência.
Política
Política
Política
Política
Política
Política