
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, minimizou as críticas de parte da direita à escolha de Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Em entrevista exclusiva ao Correio, ele classificou o parlamentar como um político “equilibrado” e disse acreditar que o texto a ser apresentado refletirá a posição majoritária da oposição.
“Eu gostei da indicação. O Paulinho sempre se mostrou muito equilibrado, principalmente ultimamente. Ele vai fazer o que a maioria decidir, tenho certeza disso”, afirmou Valdemar. A escolha gerou desconforto em setores da base bolsonarista, que veem no relator proximidade com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na coletiva em que assumiu a relatoria, Paulinho afirmou que não sabe se incluirá o ex-presidente Jair Bolsonaro no texto. Para Valdemar, a decisão não dependerá apenas dele: “Isso vai ser definido pela maioria”.
“Vamos ter uma discussão grande, também no Senado, e será uma luta muito grande. Precisamos trabalhar para chegar a um texto que contemple a todos”, disse, citando a articulação com os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN).
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O dirigente defendeu que a anistia seja ampla e não se limite a reduções de pena. “Isso não é anistia. Nós temos que liberar esse pessoal para ir embora para casa. […] Sempre foi assim no passado. O próprio Lula, quando presidente, concedeu anistia a muita gente. Agora teremos que trabalhar muito para alcançar o mesmo”, afirmou.
Segundo Valdemar, o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanha o tema de perto e demonstra preocupação com os apoiadores presos. “Sempre que converso com ele, essa é uma preocupação presente”, concluiu.
A discussão ganhou força após a Câmara dos Deputados aprovar, na noite de ontem, o regime de urgência para o PL 2162/23, com 311 votos a favor, 163 contra e 7 abstenções. A decisão acelera o processo e permite que a proposta seja votada diretamente em plenário.
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