O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão como “uma vitória da democracia brasileira” e defendeu que a pena seja cumprida em regime de segurança máxima, na complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. A declaração foi dada nesta quinta-feira (11/9), no final julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Na verdade, essa condenação de 27 anos e 3 meses, por se tratar de uma condenação em que você tem uma organização criminosa armada, nós temos o artigo 2º, parágrafo 8º da Lei 12.850 de organizações criminosas, que está muito expresso que, nesses casos, o cumprimento da pena é em estabelecimento penal de segurança máxima. Então, eu acho que vai ter o encaminhamento no momento certo, mas pela lei de organização criminosa, por Jair Bolsonaro ser chefe de uma organização criminosa armada, no nosso entendimento a prisão dele vai ter que acontecer no presídio da Papuda”, afirmou.
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O parlamentar também rejeitou a possibilidade de anistia aos envolvidos na trama golpista. “O segundo ponto que eu quero registrar é que a gente considera esse tema da anistia, depois dessa condenação, ele tem que ser enterrado pelo Parlamento brasileiro. Nós temos que acabar com esse assunto no Brasil. Seria uma afronta à Constituição e uma afronta ao Supremo”, declarou.
Por fim, Lindbergh prestou homenagem às vítimas da ditadura militar, ressaltando a importância histórica da decisão do Supremo. “Minha última consideração é a homenagem que todos nós estamos fazendo nesse momento aos que tombaram na luta contra a ditadura militar: a Rubens Paiva, a Zuzu Angel, ao jornalista Vladimir Herzog. Esses crimes, essa tentativa de golpe de Estado só aconteceu porque aqueles que assassinaram mais de 400 pessoas no período da ditadura militar não foram condenados. Eu acho que a gente está falando para as futuras gerações, para o futuro do nosso país.”
