
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), evitou responder, nesta terça-feira (14/10), se atuou para derrubar a Medida Provisória (MP) que funcionaria como alternativa para evitar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Questionado em duas ocasiões por jornalistas durante uma cerimônia de entrega de unidades habitacionais, disse que o tema é “assunto do Congresso” e que ele está “focado em São Paulo”.
A MP foi retirada da pauta e perdeu a validade na semana anterior, após uma articulação da oposição com partidos do Centrão, resultando em uma derrota para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia criticado publicamente Tarcísio, dizendo que o governador agiu em “detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima”. O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), chegou a agradecer publicamente a Tarcísio pela articulação contra a medida.
Sobre essa menção do líder do PL, Tarcísio desconversou e sugeriu que o parlamentar “quis ser gentil”. Em seguida, rebateu as críticas de Haddad, afirmando que o ministro estava levando seu nome “em vão” e direcionou o foco para a situação financeira federal, dizendo que o titular da Fazenda deveria se preocupar com a questão fiscal.
O governador afirmou que o setor produtivo está preocupado com o “rumo fiscal do Brasil”. Ele acrescentou que o país não deve “flertar com superendividamento, com inflação alta e com, eventualmente, recessão”.
“A gente quer o melhor para o Brasil. A gente não vai torcer para o Brasil dar errado. E a gente sabe que o tema fiscal é um tema muito importante. A gente não pode ser negligente com a questão fiscal. Essa é a nossa torcida”, disse Tarcísio.
Na semana anterior, o governador já havia se manifestado nas redes sociais negando o trabalho para derrubar a MP e acusando o PT de fazer uma campanha difamatória.
Ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), Tarcísio também foi questionado no evento de hoje sobre a disputa política entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas optou por não comentar o assunto.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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