Segurança Pública

Antes de posse, Boulos recebe movimentos sociais sobre impacto de megaoperação no RJ

Reunião contou com participação de lideranças do Complexo do Alemão, uma das comunidades alvo da operação mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 mortos

O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) será empossado oficialmente hoje (29/10) como ministro da Secretaria-Geral da Presidência -  (crédito: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) será empossado oficialmente hoje (29/10) como ministro da Secretaria-Geral da Presidência - (crédito: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, recebeu nesta quarta-feira (29/10) representantes de movimentos sociais e movimentos negros para discutir o impacto da megaoperação que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro, deflagrada ontem (28).

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

A reunião incluiu lideranças do Complexo do Alemão, uma das comunidades que foram alvo da operação, a mais violenta da história do Rio de Janeiro. No Complexo da Penha, outra comunidade afetada, moradores alinharam mais de 60 corpos em uma praça da região.

A informação sobre o encontro foi adiantada pelo jornal Folha de S.Paulo, e confirmada pelo Correio com a assessoria do ministro. O debate ocorreu de forma híbrida, com parte dos participantes ouvidos por videoconferência.

Boulos recebeu os movimentos logo antes de sua cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silv. A solenidade conta também com a participação de dezenas de movimentos sociais, como o Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST), onde Boulos iniciou sua carreira política.

A Secretaria-Geral da Presidência é responsável, justamente, pelo diálogo com movimentos sociais. Nas redes sociais, Boulos também disparou críticas à ação do governo fluminense, junto com uma imagem dos corpos no Complexo da Penha.

“Não é possível que alguém acredite que isso foi uma operação de sucesso”, frisou o ministro.

Impacto nas comunidades

A violência da megaoperação deflagrada ontem preocupa o governo tanto do ponto de vista da segurança pública quanto do impacto da operação das comunidades afetadas, cuja maioria da população é negra e de menor renda. 

Lula enviou ao Rio de Janeiro também as ministras Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) para acompanhar a situação. Ainda não há um levantamento sobre quantos dos mortos foram atingidos em combate ou tinham ligação com o crime organizado.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

  • Google Discover Icon
postado em 29/10/2025 16:06 / atualizado em 29/10/2025 16:07
x