
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (29/10) que apenas a Superintendência da PF no Rio de Janeiro foi informada de que haveria uma “grande operação” na capital fluminense. Declarou, ainda, que a corporação não foi informada sobre a data da megaoperação contra o Comando Vermelho que deixou ao menos 121 mortos, a mais letal da história brasileira, realizada ontem (28).
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“Para ficar bem clara essa situação: houve um contato no nível operacional informando que haveria uma grande operação, e se a PF teria alguma possibilidade de atuação. A partir de uma análise geral, entendemos que não é o modo como a PF atua. Não teríamos uma autorização legal”, comentou Andrei a jornalistas logo após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A partir da análise do planejamento operacional, a nossa equipe entendeu que não era uma operação razoável para que a gente participasse”, acrescentou o diretor.
O governo federal reclama da falta de aviso por parte do Governo do Rio de Janeiro sobre a megaoperação. Por sua vez, o governador Cláudio Castro reclamou publicamente sobre a falta de ajuda federal. Ao lado de Andrei, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou que a comunicação deveria ter sido feita a autoridades do primeiro escalão do governo, devido à escala da operação.
“Uma operação deste nível, deste porte, não pode ser acordada no segundo ou terceiro escalão. Se fosse uma operação que exigisse a interferência do governo federal, o presidente da República deveria ser avisado, ou o vice-presidente, que estava respondendo pela Presidência, ou o ministro da Justiça ou o próprio diretor-geral da PF”, frisou o titular da pasta.

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